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CODEX: Oh Lord, won´t you buy me...

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Bom dia,

A semana começava como todas as outras. De repente, entra um e-mail com os dados do balanço da Creditas no 2º trimestre. Penso: vou fazer isso rapidinho e depois voltou a fazer o que estava fazendo. Comecei a escrever o texto na tradicional linha do “empresa tem receita, lucro” etc. Sem muita novidade. Até chegar o último parágrafo. Lá, sem nenhuma pretensão, estava uma baita novidade: a Creditas tinha comprado a Volanty, de compra e venda de carros usados. Corri para escrever e o resto, bom, o resto você já leu aqui – e também nos sites de coleguinhas que viram a informação por aqui! =P

Coincidentemente… ou não… no dia seguinte, a mexicana Kavak anunciou um investimento de R$ 2,5 bilhões no Brasil para sua operação de compra e venda de carros usados. Coincidentemente… ou não… as 3 empresas têm investidores em comum, incluindo SoftBank e Kaszek. Quanto será que tá custando um Mercedes-Benz, ou um Porsche? (Mercedes Benz, por Janis Joplin)

De resto, sem novidades com anúncios do Nubank, uma aquisição do Magalu. Foram duas rodadas de R$ 100 milhões – Pipo e Nomad – e o nascimento de um unicórnio latino na área de comida, a chilena NotCo.

Boa leitura e boa semana.
Gustavo Brigatto
Fundador e Editor-Chefe


Para Eric Ries, “Uma startup é uma instituição humana desenhada para criar um novo produto ou serviço em condições de extrema incerteza.”

Começando com um marketplace de aluguel de eletrônicos e hoje com uma demanda de mais de 150 mil pessoas querendo assinar um iPhone, a Allugator reflete bem essa definição. Para atender a essa demanda – e cumprir com seu propósito de mudar o consumo no mundo – ela criou o Allugator Invest. A plataforma oferece um título de renda fixa regulado pelo Banco Central com retorno de até 18% ao ano.

De assinatura de iPhones a uma fintech, a Allugator é a nossa nova apoiadora aqui no Startups.


Semana de 26 de Julho a 1º de Agosto

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • Em uma rodada de série D que chegou antes do previsto – o papo era que ela aconteceria no fim do ano – a foodtech chilena NotCo atingiu o aclamado status de unicórnio e se tornou a mais nova companhia da América Latina a ter essa classificação. Na rodada de US$ 235 milhões que é quase o dobro dos US$ 130 milhões que ela tinha levantado até agora, a companhia que faz leite, sorvete, chocolate e carne a base de plantas foi avaliada em US$ 1,5 bilhão. O novo investimento foi liderado pela Tiger Global e contou com a chegada de fundos como o DFJ Growth Fund o The Social Impact Foundation e o ZOMA Lab. Também entraram o cofundador do Twitter, Jack Dorsey; o cofundador do airbnb, Joe Gebbia e algumas celebridades como o tenista Roger Federer, o músico DJ Questlove e o piloto de Fórmula 1, Louis Hamilton – que segue uma dieta plant-based. A rodada ainda teve a participação de fundos que já investiam na NotCo, como o Bezos Expeditions, do Jeff Bezos; EHI; Future Positive, do outro cofundador do Twitter, Biz Stone; L Catterton e Kaszek Ventures. Com a série D, a gestora brasileira Maya Capital consegue seu 1º unicórnio e a G2D, o braço de investimento em empresas de tecnologia da GP Investments, que tem uma participação no fundo The Craftory, que investe na NotCo, também consegue mais um para a sua coleção.
  • A Nomad fechou uma série A de US$ 20 milhões co-liderado por monashees e Spark Capital – que já investiu no Twitter, Slack e no Snap, entre outros. Também participaram Propel, GFC, Abstract, Vast, ONEVC e Globo Ventures. Com esse novo round, a fintech alcança mais de R$ 140 milhões captados em apenas 9 meses de operação. A companhia tem 75 funcionários e quer chegar a 150 até o fim do ano. Atualmente, são 50 mil contas abertas;
  • A Pipo Saúde, healthtech que faz a gestão de planos de saúde para empresas, anunciou seu 2º aporte em 2 anos de operação. Dessa vez, a startup levantou R$ 100 milhões na série A liderada pela Thrive Capital, um dos maiores investidores em saúde dos EUA. Embora a gestora já tenha investido no Nubank, Loft e Pitzi, essa é a 1ª vez que ela lidera uma rodada na América Latina. Além disso, o aporte é a maior série A de qualquer healthtech e o maior já levantado por uma mulher no Brasil.
  • A G2D Investments, empresa de investimento em venture capital da GP Investments, que é listada na B3, participou de um investimento de US$ 60 milhões na Freddie’s Flowers, uma loja de flores online que atua no modelo de assinatura. O aporte foi feito por meio do fundo inglês The Craftory, e a G2D participou com um cheque de aproximadamente US$ 10 milhões. Semanalmente, a Freddie´s Flowers entrega caixas de flores frescas com curadoria de floristas especializados, a mais de 130 mil assinantes ativos no Reino Unido e na Alemanha. A chegada à Alemanha em 20202 deu início ao processo de expansão internacional da companhia, que a atual rodada vem para suportar;
  • A Quansa, startup que quer tornar a saúde financeira um benefício corporativo das empresas – uma espécie de Gympass das finanças, com ofertas como orientação financeira e antecipação de salário – levantou uma rodada de US$ 3,6 milhões liderada pela Valor Capital – que investe no… Gympass, e também na Caju, de benefícios flexíveis. O aporte contou ainda com a participação da americana Pear VC (1ª investidora do negócio, ainda nos estágios iniciais em Stanford), Canary, Norte, Magma e o Sequoia Scouts – programa de indicação de oportunidades criado pela Sequoia que, apesar de ter investimentos feitos como dinheiro da gestora, não tem ela própria no cap table das companhias, nem participação dela nas conversas sobre rumos e estratégia. A equipe da Quansa conta hoje com 10 pessoas e o objetivo é dobrar até o fim do ano;
  • Também entraram na rodada Ariel Lambrecht (99), Mariana Dias e Bruna Guimarães (Gupy), Maurício Feldman (Volanty), e Mada Seghete (Branch Metrics), entre outros investidores.
  • A Agenzia MKT, que produz conteúdo para redes sociais para pequenas e médias empresas, levantou R$ 800 mil com a Anjos do Brasil. Com o aporte, a rede de anjos chega a 16 investimentos feitos no 1º semestre de 2021 – sendo 2 no segmento de adtech;
  • A chilena Xepelin, uma plataforma de serviços financeiros para pequenas e médias empresas na América Latina, levantou uma rodada de US$ 300 milhões e pegou outros US$ 200 milhões em linhas de crédito. A parte de equity foi liderada pela Kaszek e contou com a participação da DST Global, Picus Capital, Kayak Ventures, Cathay Innovation, MSA Capital, Amarena, FJ Labs, Gilgamesh Ventures e um grupo de investidores anjo que incluiu, entre outros, o fundador e CEO da Kavak, Carlos Garcia; Jackie Reses, presidente do conselho executivo da Square Financial Services; o fundador e CEO da Justo, Ricardo Weder; John Curtis, da Tiger Global; Hans Tung, da GGV e Gerry Giacoman, fundador e CEO da Clara.
  • A proptech colombiana La Haus fez uma extensão de sua série B, anunciada em janeiro. Foram US$ 50 milhões adicionais injetados por Acrew Capital e Renegade Partners, que colideraram a rodada, o Bezos Expeditions, do Jeff Bezos, Endeavor Catalyst, Moore Strategic Ventures; o TIME Ventures, do Marc Benioff’s; Simon Borrero, do Rappi; o cantor Maluma e Gabriel Gilinski, filho do banqueiro colombiano Jaime Gilinski. Greenspring Associates, Kaszek; NFX; 75 & Sunny Ventures, do Spencer Rascoff’s , Hadi Partovi e David Vélez, do Nubank, que já eram investidores, seguiram. A companhia ainda levantou US$ 50 milhões em dívida para financiar seu objetivo de chegar a US$ 1 bilhão em vendas até o fim do ano – ainda sem planos de desembarcar no Brasil;
  • A Neuralink, empresa criada por Elon Musk que desenvolve uma interface entre cérebro e computadores implantada na cabeça da pessoa, levantou US$ 205 milhões com Google Ventures, Peter Thiel’s Founders Fund e o CEO da OpenAI, Sam Altman. O aporte foi liderado pela Vy Capital, de Dubai.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

  • O Magalu levou mais uma. Dessa vez, a Soldados da Entrega, ou Sode, especializada em entregas ultrarrápidas nas cidades. A companhia já era a principal fornecedora de serviços de entrega em 1 hora da varejista. A compra da da recifense foi a 22ª do Magalu em pouco mais de 1 ano. O valor do negócio não foi revelado;
  • A Méliuz fechou sua 5ª aquisição do ano. A empresa assinou contrato para comprar 100% da Alter Pagamentos, banco digital de criptomoedas, por R$ 25,9 milhões. Segundo a empresa mineira, um dos objetivos da compra é trazer “um time talentoso de empreendedores e de desenvolvedores, além do conhecimento em um segmento de negócios de alto crescimento que poderá contribuir como uma boa ferramenta de engajamento e atração de novos usuários para a companhia”. O time da Alter que será incorporado à Méliuz tem 24 profissionais, sendo 9 da equipe de produto e desenvolvimento. Há 3 anos no mercado, a Alter movimentou no 1º semestre um volume de R$ 184 milhões em negociações de Bitcoin, 14 vezes mais do que o mesmo período de 2020. A venda da startup é o primeiro exit da plataforma de crowdfunding CapTable, que levantou R$ 2,1 milhões em rodada com mais de 700 investidores, avaliando a fintech em R$ 15 milhões;
  • Escondida na divulgação dos resultados do 2º trimestre da Creditas, estava a informação da compra da startup de compra e venda de carros usados Volanty. O negócio foi assinado no começo de julho e teve como objetivo reforçar o recém-lançado Creditas Auto, a vertical de compra e venda de carros da Creditas. O negócio teria sido fechado por R$ 1 e envolveu a troca de ações entre acionistas da Volanty e da Creditas – muitos deles coincidentes como SoftBank e Kaszek, o que facilitou as conversas;
  • Em sua 1ª aquisição desde o IPO em fevereiro, a Eletromidia anunciou a aquisição de 74,65% da Otima Concessionária de Exploração de Mobiliário Urbano, responsável pela administração e comercialização publicitária dos abrigos de ônibus da cidade de São Paulo. O valor total da operação é de R$ 416,75 milhões, sendo R$ 356,95 milhões pagos a vista e o restante à prazo.  A companhia possui um inventário de 3.737 painéis instalados nos abrigos de toda a cidade, sendo 180 digitais. A negociação coloca a Eletromidia no segmento do mobiliário urbano, área na qual ainda não atuava. Com um portfólio de mais de 60 mil faces publicitárias, ela opera painéis publicitários em aeroportos, terminais rodoviários, trens, shoppings, elevadores e nas ruas.
  • A unico comprou 100% das operações da CredDefense, de soluções antifraude por meio de biometria facial. Fundada em 2014, a CredDefense possui cerca de 200 clientes e opera via WEB ou API e no mobile através de SDKs embarcados nos APPs de clientes e próprios. No varejo, ela está presente em mais de 40 mil pontos de estabelecimentos no Brasil. O valor da compra não foi revelado;
  • A ACE Cortex, braço de inovação corporativa da ACE, incorporou a Altivia Ventures, uma mistura de fundo, boutique e consultoria criada por Cássio Spina. Com a incorporação, ele se torna diretor da ACE Cortex. “Com esta aliança, você terá disponibilidade de um amplo portfolio de soluções, incluindo ESG, Treinamentos e Corporate Venture Building, bem como uma estrutura de serviços com um time com mais de 100 profissionais gerando alto valor para Scale-Ups e Grandes Empresas em sua jornada de Fusões e Aquisições (M&A), Inovação e Corporate Venture”, escreveu Cassio em e-mail enviado à base da Altivia;
  • O Twitter comprou um Substack para chamar de seu, o Brief – o 2º, na verdade, já que o passarinho já tinha comprado o Revue uns meses atrás. O negócio com o Brief foi, na verdade, um acqui-hire, com os funcionários da companhia se juntando ao time editorial do Twitter. O aplicativo será descontinuado. O valor do negócio não foi revelado.

IPOs

  • A empresa de antifraude ClearSale levantou R$ 1,084 bilhão em seu IPO. Quase metade disso (R$ 487 milhões) foi referente a uma oferta secundária. Os recursos captados na oferta primária serão destinados para o crescimento orgânico da empresa, open innovation (programas de inovação) e crescimento inorgânico por meio de fusões e aquisições.
  • O TradersClub, que agora se chama só TC, fez o IPO mais enigmático da história para a minha pessoa. Sério mesmo, não consigo entender o que a empresa vai fazer na bolsa e como ela levantou R$ 606,9 milhões e vale mais de R$ 3 bilhões. Fundamentos, ou excesso de liquidez no mercado? Os números apresentados no balanço são atraentes. Já rolou um papo de que ela queria comprar a Agência Estado. Também tem conversas de virar um marketplace de serviços financeiros. A ver.
  • A corretora Robinhood, que ficou (ainda mais) famosa por conta do episódio das meme stocks, fez uma listagem em que captou US$ 2 bilhões, com um valor de mercado de US$ 32 bilhões. A oferta, que, claro, teve uma grande participação dos investidores de varejo, apresentou grande volatilidade nos primeiros momentos de negociação e as ações fecharam o 1º pregão em queda de mais de 8%. É o Robin Hood provando do próprio remédio?

ESCASSEZ DE TALENTOS

  • A XP fechou uma parceria com a Trybe para financiar 50% do treinamento de 300 alunos. O investimento faz parte do plano da corretora… banco… para atender à sua crescente demanda por profissionais de tecnologia: a demanda é por 700 pessoas em 2021 e maids de mil em 2022, dobrando o quadro até lá. A XP já contratou 20 alunos formados pela Trybe.

FALANDO EM TALENTOS

  • Acaba de desembarcar no Brasil a BYJU’S Future School, edtech indiana que promete ensinar skills do futuro, como linguagem de programação, para crianças. O método de ensino foi desenvolvido e aprimorado pelo educador indiano Byju Raveendran visando respeitar o ritmo e as individualidades de cada aluno. Quem vai comandar a operação brasileira da BYJU’S é Fernando Prado, fundador e ex-presidente da ClickBus. Juntam-se a ele o diretor de operações Ricardo Leite, com passagens por Microsoft e BlaBlaCar; e Roberto Moreno, como diretor de recrutamento, treinamento e engajamento de professoras. Roberto vem de empresas como o Grupo Zap e 99.

TRILHA SONORA

  • Os músicos Wilson Simoninha e o Jair Oliveira lançaram a Marshmelody, um banco de trilhas que opera no modelo de assinatura. Os planos variam entre R$ 12 por mês no pacote anual e R$ 14 por mês para pagamento mensal. Quem não quiser gastar, pode baixar até 20 arquivos de graça. “Ela contém milhares de músicas que podem ser trilhas para influencers em redes sociais, podcasters, para posts diversos em redes sociais, além, claro, de filmes publicitários e conteúdo audiovisual de entretenimento”, informaram em comunicado.

QUER ANDAR DE CARRO USADO?

  • O unicórnio mexicano dos carros usados, a Kavak, prevê investir R$ 2,5 bilhões em sua operação no Brasil. A ideia é que o país se torne a maior operação da companhia no mundo, segundo seu cofundador, Roger Laughlin Carvallo, cofundador e diretor de operações da companhia, que se mudou para o país em outubro/20 para estabelecer a operação por aqui. A chegada ao Brasil estava nos planos da captação série C feita pela Kavak em outubro. Em entrevista ao Startups na época, o outro cofundador da companhia, Carlos Garcia Ottati, disse que a ideia é começar a operar por aqui no 1º trimestre de 2021, o que de fato aconteceu. A operação local já conta com 500 pessoas e 2,5 mil carros, mas só foi oficialmente lançada hoje em um evento on-line com jornalistas com a participação de Roger. Até o fim do ano, a expectativa é dobrar o número de funcionários no Brasil, chegando a 1.000. A companhia também pretende ampliar o número de lojas, chegando a 20, contra 6 no momento. No fim do ano que vem a companhia quer somar 100 mil carros comprados e outros 50 mil vendidos por estas bandas.

I´M BACK – OU TIPO ISSO

  • Depois de anunciar o fim do podcast Playbook, a Astella lançou uma nova empreitada: o Astella Around the World. O novo programa, que será apresentado pela Laura Constantini e pela Carolina Pascowitch (recém-chegada à casa para fazer a ponte com investidores fora do Brasil), vai falar sobre os ecossistemas de startups ao redor do mundo, em conversas com investirodes de outras regiões. Os episódios são em inglês com periodicidade quinzenal. A estreia, em 10 de agosto, será com Chris Yeh e Jeff Abbott, sócios da Blitzscaling Ventures.

O QUE O NUBANK FEZ ESSA SEMANA

  • O Nubank apresentou duas novidades nesta semana – novidade! A primeira foi um acordo com a Remessa Online para permitir transferências de recursos internacionais pelo aplicativo do neobank. A modalidade tem ganhado relevância especialmente no mundo de tech por conta do avanço do trabalho remoto. Em outro lance, o Nubank informou que vai aumentar o limite de crédito de 35 milhões de clientes em 12 meses, representando uma injeção de R$ 26 bilhões em poder de compra até julho do ano que vem. O aumento do limite de crédito é uma das principais demandas dos clientes do neobank – que Anitta ficou sabendo bem pelas suas redes depois que foi anunciada como nova integrante do Conselho da fintech.

TE CUIDA IFOOD, RAPPI E UBER (E SHOPPER!!)

  • O supermercado online colombiano Merqueo desembarcou no Brasil. A chegada ao país prevê um investimento de US$20 milhões ao longo de 12 meses. Dentro deste aporte estão contemplados um centro de distribuição, já existente, e a expansão complementar com 7 dark stores de apoio para a cadeia de distribuição e entrega de produtos. “Hoje já cobrimos 50% da cidade de São Paulo e, nos próximos meses, nossa expectativa é expandir fortemente nossa área de cobertura. O setor brasileiro de supermercado online tem grande potencial: atualmente, apenas 1% das compras de supermercado são feitas online. Queremos ser líderes da categoria nos próximos anos e esperamos vender US$ 1 bilhão nos próximos 4 anos.”, disse Miguel McAllister, CEO e fundador da companhia, em comunicado. O segmento é interessante para os aplicativos, por conta da sua recorrência. iFood e Rappi estão investindo pesado nessa categoria e o Uber fechou recentemente a compra da chilena CornerShop para reforçar sua atuação. Sobra também para a Shopper, que tem um modelo um pouco diferente, baseado em assinatura, com entregas mensais, mas nada impede que o Merqueo também inclua esse format em algum momento – a tendência, na verdade, é que isso de fato aconteça.

SE LIGA BUSER

  • A FlixMobility, dona da empresa de ônibus FlixBus, pretende chegar ao Brasil até o fim de 2021. Na verdade, o certo é dizer começar a operar de fato, já que ela está por aqui desde 2019, mas não se lançou oficialmente. O início das atividades no Brasil é impulsionado pela possibilidade de mudanças nas regras do transporte rodoviário, que vão abrir as portas para a competição no setor. Em junho, a Flix levantou uma rodada de mais de US$ 650 milhões e pretende usar parte desses recursos no Brasil.

BTG COM O COFRE CHEIO

  • O BTG tem um fôlego de R$ 200 milhões para fazer investimentos de corporate venture capital (CVC). A informação foi dada pelo presidente do banco, Roberto Saloutti, durante demo day do programa de relacionamento com startups da casa, o boostLAB. É a 1ª vez que o BTG fala abertamente quanto tem de recursos para investir em startups. A instituição já fez aportes em 6 companhias: Agronow (que agora se chama A de Agro), Finpass, Liber Capital, Digesto, Pier e Celcoin.

OPEN BANKING DO ITAÚ (1º ATO)

  • O íon, aplicativo de investimentos do Itaú Unibanco, disponibilizou a função ´Agregador de Investimentos´ em sua nova atualização, que possibilita a visualização, em um único painel, de até 8 carteiras distintas, sejam elas de diferentes contas do Itaú, de outros bancos ou corretoras. Com isso, o íon passa a ser o primeiro aplicativo de uma instituição bancária no Brasil a oferecer essa opção, que está inserida no conceito de ‘open banking’ e inovação em serviços financeiros.

DEU RUIM

  • A investida do governo chinês sobre as empresas de tecnologia do país fez uma vítima incidental: a SoftBank. A companhia que tem exposição dupla à Didi, com participação direta e por meio de ações do Uber, sofreu um baque de US$ 4 bilhões. Para compensar parte das perdas, ela vendeu ações da Uber. Curioso é ela ter optado pelo investimento chinês mesmo com o cenário conturbado e a expectativa de mais pressão regulatório do governo. Diz que a decisão de vender Uber já estava tomada antes. Mas porque não mudar de ideia diante do atual cenário?

FALANDO EM DIDI

  • O senador Rodrigo Cunha pediu explicações à companhia sobre o tratamento de dados de brasileiros. A suspeita é de coleta de informações de forma ilegal. A companhia garante que cumpre as regras brasileiras.

LGPD

  • As multas previstas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entraram em vigor. A Sanção pode chegar ao valor de R$ 50 milhões por infração.

DANÇA DAS CADEIRAS

  • A Mottu trouxe os executivos Trajano Rocha e Antonio Fleichman. O 1º, que era CFO da Cogna, será sócio e executivo – ainda sem um cargo definido em seu perfil no LinkedIn. Antonio, que estava na Loft, será CFO da companhia de aluguel de motos para entregadores que já tem 2 mil na rua;
  • O QuintoAndar, anunciou Paulo Golgher e Rafael Castro como VP e diretor de engenharia de software, respectivamente. Os executivos chegam à imobiliária digital após passarem mais de 10 anos no time de tecnologia do Google no Brasil e no Vale do Silício (EUA). Paulo e Rafael serão responsáveis por comandar o time de engenharia e desenvolverem produtos da proptech.
  • Rodrigo Baer deixou a Redpoint eventures. A saída foi anunciada em post no LinkedIn no qual ele não abriu seu novo destino.

RECOMENDAÇÕES DE LEITURA

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  • Mais de R$ 1,4 bilhão em dinheiro físico está fora de circulação no Brasil, o que representa mais de 35% das cédulas e moedas produzidas, segundo uma estimativa da Sled, fintech de soluções tecnológicas para o varejo, com base em dados do Banco Central. Por conta disso, no último semestre de 2020, o BC determinou a impressão de mais de R$ 437,9 milhões em dinheiro em espécie para endossar as mais de 6,27 bilhões de cédulas que circulam pelo País. A medida visa estimular o uso de papel-moeda, forma de pagamento mais utilizada no comércio, mesmo com o avanço da utilização dos meios digitais de pagamento nos últimos anos, como cartões de crédito e débito, carteiras digitais e transferências via PIX;
  • No 1º semestre de 2021 foram emitidos R$ 287.8 bilhões em valores mobiliários, dos quais R$ 176.9 bilhões só no 2º trimestre. Quando comparado ao mesmo período de 2020, houve crescimento tanto na quantidade de ofertas (35%) quanto no valor ofertado (62%). Os são do Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
  • O ano está voando e na mesma velocidade que passa crescem os investimentos em fintechs no país. Encerramos o 1º semestre com 80% de aumento no volume de fusões e aquisições no segmento, de acordo com dados da plataforma Transactional Track Record (TTR). Foram 36 transações que movimentaram um total de R$ 3,9 bilhões no período. No 1º semestre do ano passado, foram 20 negócios e R$ 560,9 milhões movimentados. Do total, 75% das transações foram aquisições minoritárias no capital social das empresas. O relatório mostra ainda que 29% dos aportes foram investimentos seed, 45% ocorreram no estágio de early stage e 16% no estágio de late stage. Considerando as rodadas de investimento por fundos de venture capital, foram 24 transações, um aumento de 84% em relação ao ano passado. Elas representaram 66% do total, somando R$ 1,7 bilhão.
  • América Latina se torna a região de maior crescimento do ecommerce no mundo, segundo a eMarketer.