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CODEX: Startups quânticas

Não, não vou te vender um curso de coach quântico. Mas falo sobre zeros ou uns e tudo que tem no meio. E ao mesmo tempo agora

Codex
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Bom dia,

Não, não vou te vender aqui uma masterclass ou um curso de coach quântico. Nem sei o que é isso, na real. A não ser que você queira comprar. Daí já te passo o Pix e a gente marca um dia. Que tal?

A ideia das startups quânticas, na real, tem a ver com o conceito da computação quântica, que vai além da binariedade dos zeros e uns, podendo um elemento estar ligado e desligado ao mesmo tempo. Afinal, a vida é assim. Por mais que pareça o contrário, nem tudo é 0 ou 1, bom ou mal, esquerda ou direita, tradicional ou moderno. Vivemos numa constante oscilação, pendulando entre os diferentes lados e tudo que está no meio.

Que o digam os unicórnios e scaleups. Nascidos no ambiente digital, essas companhias estão usando suas captações milionárias para acelerar seu crescimento com contratações, aquisições e, quem diria, publicidade em mídias tradicionais. Pois é, pode reparar. A TV, o rádio e até o mobiliário urbano está repleto de anúncios de nomes como QuintoAndar, Loft, Kavak, CloudWalk – e até o Nubank em alguns momentos.

Não tem jeito. Enquanto não vivemos 100% no metaverso (o que eu duvido que vai acontecer) é preciso estar presente nos diferentes meios para atingir diferentes públicos. Simples assim. Ou será que não?

Boa leitura e uma ótima semana.

Gustavo, Angelica, Fabiana e Gabriela


Semana de 14 a 20 de março

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • Benjamin Gleason, cofundador do GuiaBolso, se juntou a Gonzalo Parejo, Gutemberg Fragoso (Guto) e Rodrigo Perenha para montar a Kamino, uma fintehc que quer ajudar empreendedores latinos a montar e gerenciar suas startups de forma mais simples Para começar a operar, o quarteto levantou uma rodada que pode ser considerada gigantesca para uma companhia latina em estágio inicial de desenvolvimento: US$ 6,1 milhões (cerca de R$ 32 milhões). O líder do aporte foi o fundo Inspired Capital. Também participaram Global Founders Capital, Fontes (fundo early stage de QED Investors), Picus Capital, Flourish Ventures, Propel VC, Clocktower Technology Ventures, Norte Ventures e Gilgamesh Ventures. Na lista de anjos estão Sergio Furio (Creditas), Sergio Fogel (dLocal), David Arana (Konfio), Ariel Patschiki (Ebanx) e o ex-sócio de Benjamin no GuiaBolso, Thiago Alvarez.
  • A Zazos, startup no code de Alexandre Maluli, fundador da Estudar Com Vocês, comprada pela italiana Docsity em 2020, recebeu uma rodada de US$ 2,4 milhões liderada pelo fundo americano Quiet Capital. A captação também contou com o presidente do BTG, fundadores de companhias coimi iFood, Wildlife, Vindi e Alura e a YCombinator.   
  • Em apenas 2 meses de operação, a fintech colombiana Yuno levantou US$ 10 milhões com a promessa de revolucionar o sistema de pagamentos eletrônicos na América Latina. A rodada seed foi liderada por Andreesen Horowitz e coliderada por Monashees e Kaszek, com participação de Nazca, Latitud, OneVC, Opera Ventures, Saurabh Gupta e investidores-anjos.O negócio foi criado por Juan Pablo Ortega e Julián Núñes, respectivamente cofundador e ex-executivo da Rappi.
  • A canadense Talent.com, empresa de inovação na área de recrutamento digital, recebeu US$ 120 milhões em série B liderada pela Inovia Capital, com a participação do já investidor Caisse de dépôt et placement du Québec. A companhia quer expandir globalmente, especialmente na Colômbia e no México e, para isso, vai investir em contratação e desenvolvimento de produtos, fortalecer a marca e alavancar as novas soluções para pequenas e médias empresas.
  • A Crescera Capital liderou um aporte série A de R$ 35 milhões na healthtech Vittude. A empresa deve usar o aporte para expandir a equipe de 60 para 150 funcionários até o final do ano, aumentar a presença no universo corporativo e evoluir os produtos lançados nos últimos anos. A rodada foi acompanhada por Scale Up Ventures, da Endeavor, e Redpoint eventures, que liderou a rodada seed na empresa em 2019.
  • A healthtech Alinea Health recebeu R$ 20 milhões do Founders Fund – o 1º investimento do fundo em uma empresa de saúde no Brasil. Com o caixa reforçado, a startup vai contratar 70 colaboradores, que se juntarão os 14 atuais, para fazer as melhorias no produto e aumentar a carteira de clientes. Também participaram da rodada General Catalyst, Norte Ventures, Latitud Fund e Glen Tullman, presidente e fundador da Transacarent e fundador da Livongo.
  • A BlockBR, fintech que atua no setor de tokenização, recebeu um aporte da holding de tecnologia financeira Grupo Nexxera. Embora o valor do investimento não tenha sido divulgado, a startup revelou que espera tokenizar R$ 1 bilhão em recebíveis nos próximos meses. Com o aporte, a BlockBR vai expandir o time, investir em marketing e em sua expansão internacional, e acelerar novas tecnologias.
  • A Watch Brasil, startup paranaense que está colocando produtos audiovisuais como HBO Max nos pacotes dos provedores de banda larga regionais, recebeu um aporte de R$ 28 milhões da Multilaser. É o 2º investimento do seu veículo de corporate venture capital da fabricante de equipamentos eletrônicos.
  • A startup brasileira Voltbras, que oferece soluções de gerenciamento e pagamento de recarga para carros elétricos, recebeu um investimento de R$ 3 milhões em uma rodada com participação da EDP Ventures Brasil, veículo de investimento de capital de risco da EDP, do PERSEO, programa internacional de startups da Iberdrola – empresa controladora do Grupo Neoenergia – e DOMO Invest. O aporte será utilizado para desenvolvimentos com foco na experiência do usuário, motoristas de veículos elétricos, integração de diferentes redes de recarga e rentabilidade para os gestores dos eletropostos, visto que na maioria deles, no País, o serviço ainda é gratuito por falta de ferramentas adequadas.
  • A Gringo, startup que quer se posicionar como o one-stop-shop dos motoristas, levantou R$ 190 milhões em uma rordada que vai permitir a monetização de sua base de 5 milhões de usuários. A série B foi liderada pela VEF e contou com a entrada da londrina Píton Capital. Kaszek, ONEVC e GFC, que já eram investidores, acompanharam, assim como as gestoras Constellation, Núcleo e Aster Capital
  • A Zissou, startup de colchões e outros produtos para o sono fundada em 2017 pelos empreendedores Amit Eisler, Andreas Burmeister e Ilan Vasserman, recebeu um aporte de R$10 milhões liderado pela Fast Shop. Além disso, passará a ter os seus colchões, até então importados dos Estados Unidos, fabricados em uma nova planta em Minas Gerais pela americana Leggett & Platt, uma das mais tradicionais e maiores fornecedoras de molas ensacadas do mundo.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

  • Conhecida por sua ferramenta de prospecção de clientes, a Ramper está fazendo sua estreia no inbound marketing. Para tal, a companhia fechou sua 1ª aquisição, a LAHAR. Uma nova rodada de captação está prevista ainda para o 1º semestre para acrescer uma 4ª oferta ao portfólio da companhia.
  • A holding de games e conteúdo Final Level Co adquiriu a Nice House, plataforma de entretenimento com foco em vídeos curtos voltada para a Geração Z. A startup se soma às marcas Gamelanders, XDome, Game Hits e Copa Rakin. Com a aquisição, a Final Level estima faturar R$ 50 milhões em 2022.
  • Depois de vender sua carteira de clientes para a Guide e sua equipe de tecnologia para a Warren, a corretora sim;paul assinou um memorando de entendimento com a exchange Binance para vender o que restou de sua operação: leia-se a licença de corretora e alguma tecnologia desenvolvida internamente. O valor da operação não foi revelado. O negócio precisa ser liberado pelo Banco Central. 

NOVO COTISTA

  • A AgeRio se tornou cotista do Fundo GovTech da KPTL e da Cedro Capital com um aporte de R$ 7,5 milhões. Criado em março do ano passado por duas das maiores, o fundo está captando até R$ 200 milhões para investir em até 30 startups de tecnologia dedicadas a transformar o serviço público brasileiro. O Fundo Govtech é o primeiro do tipo na América Latina e um dos primeiros no mundo dedicado a atrair exclusivamente GovTechs. Ele atua em 10 verticais de serviços públicos — Saúde; Educação; Segurança; Habitação e Urbanismo; Infraestrutura e Mobilidade; Saneamento, Meio Ambiente e Defesa Civil; Smart Cities; Legal e Regulatório; Cidadania e Gestão Pública.

SEGUROS

  • O Digio, banco digital que desde o fim do ano passado passou a ter o Bradesco como dono – depois de comprar a participação do Banco do Brasil – entrou no mercado de seguros. O banco digital lança um plano odontológico, com diversas opções sem coparticipação e preços acessíveis a partir de R$ 42,90. A novidade faz parte da parceria entre a fintech, a Odontoprev, o Grupo Bradesco Seguros e a Aon. O plano odontológico oferecerá 10% de cashback para clientes.

NOVA CARA

  • O Méliuz apresentou sua nova identidade visual, que marca também um novo posicionamento na história da Companhia. “O lançamento da marca está em linha com o propósito do Méliuz de proporcionar uma experiência de consumo cada vez mais fluida para os consumidores, criando um ecossistema que integra shopping e serviços financeiros. Com traços mais bem definidos e de fácil leitura, o desenho da nova logo prioriza formas orgânicas, sem quinas, ressaltando o lado humano da Companhia e tornando-a mais próxima, acessível e agregadora, assim como os produtos e serviços ofertados pelo Méliuz”, informou a companhia em comunicado. O processo de mudança da marca foi coordenado pelo time de Product Marketing e Design do Méliuz em parceria com a Touch, agência de branding de São Paulo.

AMPLIANDO HORIZONTES

  • Um ano depois de mudar de nome de Conductor para Dock, a companhia de banking as a service investida da Riverwood e da Visa está ampliando seu território de atuação. A companhia vai inaugurar escritórios na Cidade do México, Lima, Santiago e Bogotá. Ela também está em fase final de montagem das operações na Argentina, no Equador e na República Dominicana.

DANÇA DAS CADEIRAS

  • A fintech Divibank anuncia a contratação de Hugo Carvalho como novo diretor de Tecnologia. O executivo chega com a missão de desenvolver e aprimorar a infraestrutura que permitirá à fintech operar um modelo de negócios voltado para soluções em Web 3.0 e de inteligência de dados. 
  • Cristiane Ferreira Taneze é a nova diretora executiva de Inovação da Visa do Brasil. A executiva estará à frente do Estúdio de Inovação da empresa no país e irá liderar a equipe de Inovação e Design para o mercado brasileiro, trabalhando em estreita colaboração com clientes e parceiros em projetos de cocriação. 

RECOMENDAÇÕES DE LEITURA

DOWNLOAD

  • A Allídem publicou o resultado ada 1ª pesquisa brasileira sobre branding para startups.  teve a Snaq como co-relizadora e também contou com apoio da do Startups, 100 Startups, a55, Abfintechs, Abstartups, Bossanova, CapTable, Confraria do Empreendedor, Cubo, Fisher, KPTL, Liga Ventures e Poli Angels. A metodologia é da Mindminers. O material completo pode ser acessado neste link