Na próxima semana, começa em Toronto a edição 2024 do Collision, evento criado pelos organizadores do Web Summit na América do Norte, e que acontece no Canadá desde 2019. Entretanto, esta será a última conferência em Toronto – e também o fim da marca Collision. A partir de 2025, o encontro mudará de local e passará por um rebranding, virando Web Summit Vancouver.
O anúncio faz parte do plano de expansão internacional da marca, que começou em 2023 com a criação do Web Summit Rio e continuou este ano com uma edição do Web Summit em Doha, no Qatar. Previsto para maio do ano que vem, o Web Summit Vancouver será realizado logo em sequência da terceira edição do evento no Rio de Janeiro, que será de 27 a 30 de abril.
Em nota, o CEO do Web Summit, Paddy Cosgrave, destacou que Vancouver é uma cidade que combina com a marca, e possui uma comunidade tecnológica que liga as Américas, Ásia e a Costa Oeste dos Estados Unidos – vale lembrar que a cidade do extremo oeste canadense é geograficamente próximo de polos tecnológicos como Seattle e o Vale do Silício.
Além disso, Vancouver foi o berço de unicórnios como a Dapper Labs, Blockstream, Trulioo, LayerZero Labs e também tem escritórios de big techs como Amazon, Apple e Salesforce.
“Chegou a hora de fazer a transição do Collision para Web Summit. Passámos momentos incríveis em Toronto e estamos ansiosos para continuar a nossa jornada canadense, agora em Vancouver”, disse Paddy, em comunicado. A expectativa da organização é a de manter o crescimento visto no Collision, que recebeu cerca de 36 mil pessoas no ano passado e deve chegar aos 40 mil visitantes este ano.
A escolha por finalmente levar a marca Web Summit à América do Norte remete a uma declaração que Paddy fez durante a primeira edição do evento no Rio de Janeiro. Segundo ele, o sucesso na cidade maravilhosa deu a confiança para fazer outros Web Summit fora da cidade onde o encontro se popularizou, Lisboa.
Na época, Paddy disse que tinha alguns bons motivos para este receio. “Vi eventos grandes, como o SXSW, tentarem edições em outros países, e falharam. Não queria fazer isso com o Web Summit“. Essa visão fez com que o executivo criasse eventos em outros países, mas com outras marcas, como foi o caso do Collision, e o RISE, em Hong Kong. Entretanto, parece que as coisas estão mudando, pelo jeito.
Segundo a Destination Vancouver, departamento local responsável pelo fomento ao turismo na cidade (e que provavelmente fechou um contratinho amigo com o Web Summit para levar o evento pra lá), a expectativa é que a chegada do Web Summit na cidade gere 172 milhões de dólares canadenses (cerca de US$ 125 milhões) em arrecadação direta, e gere um impacto econômico geral de 279 milhões de dólares canadenses (mais de US$ 200 milhões).