Em meio à reabertura de bares e restaurantes na cidade de São Paulo, entregadores de aplicativos estão programando para o dia 25, um sábado, uma nova edição do #BrequeDosApps.
A convocação começou a ser feita ontem à noite, pelas redes sociais. “Vamo [sic] aproveitar as próximas 3 semanas para espalhar o chamado nos bolsões de cada cidade! A Guerra Continua”, diz uma postagem no perfil Treta no Trampo, no Instagram
A pauta continua a mesma da manifestação que aconteceu no dia 1°:
- aumento do valor por quilômetro
- aumento do valor mínimo [pago por entrega]
- fim dos bloqueios indevidos
- Rappi: fim da pontuação e restrição de local
- Seguro de roubo, acidente e vida
- Auxílio pandemia (EPIs e licença)
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A paralisação do começo de julho teve uma adesão significativa na capital paulista, onde se concentra cerca de um terço dos entregadores cadastrados em aplicativos do país (50 mil de cerca de 150 mil), o que deu força ao movimento.
A questão é que, com a reabertura dos estabelecimentos e a volta gradual das pessoas a uma rotina “normal” a tendência é que o volume de pedidos feitos pela internet tenha alguma redução nas próximas semanas – o que pode tirar um pouco do poder de barganha que os entregadores ganharam nos últimos tempos.
As discussões sobre relações de trabalho na chamada gig economy, no entanto, estão longe de acabar. O assunto, que já era alvo de debates e ações judiciais tende a ganhar mais fôlego porque, com o aumento do desemprego, mais gente tende a procurar os aplicativos de entrega e de transporte como alternativa de renda.
