Comércio digital

Com foco no WhatsApp, RediRedi quer triplicar em 2025

Fundada por ex-Zero Paper, startup quer expandir solução de copiloto de vendas para MPEs - e mira rodada no 2º semestre

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WhatsApp
Aplicativo do WhatsApp (Foto: Canva)

Desde a sua fundação em 2023, a RediRedi quis deixar bem claro que não é uma solução que compete com outros agregadores de comércio digital – como Olist, por exemplo, e se firmar como uma solução de impulsionamento de vendas para micro e pequenos comerciantes. Passados quase dois anos desde a sua fundação, a empresa agora tem sua estratégia definida para acelerar sua expansão – baseada em IA e no WhatsApp.

“A gente nasceu com a missão de ajudar e educar MPEs no seu desafio de vender mais, ser mais eficiente, e vimos que a decisão ideal para dar esse suporte foi o de criar um copiloto”, afirma André Macedo, CEO da RediRedi, em conversa com o startups.

Chamado Redi, o copiloto foi lançado no ano passado, e tem sido o principal motor de crescimento da companhia, que já bateu a marca de 150 mil clientes atendidos. Segundo André, todos os dias a Redi opera como uma fonte de insights, dando dicas de eventos e promoções, ou insights sobre clientes baseado em informações pessoais e de compra.

“Ao ajudar o microcomerciante com estes insights diários, a Redi tem ajudado negócios a aumentar seu volume de vendas em mais de 20%”, aponta André, que fundou a RediRedi ao lado de Arley Moura e Kadu Braga (trio que fundou a ZeroPaper, empresa vendida para a Intuit em 2015). A quarta sócia é Lindsey Argalas, ex-executiva da Intuit que liderou a aquisição em 2014 e com quem os 3 trabalharam nos últimos 4 anos na área de inovação do banco Santander, na Espanha.

Agora, o desafio da RediRedi é acelerar o ritmo de adoção da plataforma – e os planos são ambiciosos. “Já triplicamos a base de clientes no último ano e queremos chegar aos 450 mil este ano. Estamos no caminho do T2D3 (triple-triple-triple-double-double)”, destaca André.

Uma base diferente

Apesar da RediRedi oferecer uma plataforma com recursos semelhante à de agregadores como a Olist, André reforça que o foco de seu produto é atender uma classe de comerciantes que tem dificuldades em concorrer nos marketplaces, onde volume e preço fazem mais diferença.

“Estamos em uma camada abaixo desses vendedores. Falo de lojas de bairro, pequenas pet shops, lojas de roupas ou cosméticos, que dependem principalmente da proximidade e relacionamento para atrair clientes”, explica o CEO.

Foi a partir desse foco que a RediRedi descobriu o principal canal para sua solução: o WhatsApp. Segundo André, a plataforma tem sido bem-sucedida em atender esses micro comerciantes que têm acesso direto aos seus clientes, mas tem dificuldades em gerar oportunidades de negócio e vender de forma eficiente.

“A gente sabia que o Whats era um dos canais, mas ao longo do caminho fomos percebendo que era o principal para a gente”, revela André, ressaltando que a estratégica tem rendido frutos também internacionalmente. “Onde o WhatsApp funciona, nossa solução tem está sendo adotada”, aponta o CEO, destacando que os principais mercados estão no Brasil, México e Colômbia, que representam 60% da base da startup.

Com metas ambiciosas de crescimento, a companhia já está preparando a abertura de uma rodada a partir do segundo semestre, mas segundo o CEO, no momento o foco ainda é o de amadurecer a solução e o seu go-to-market, que ainda é 100% digital, com tiers que vão do modelo freemium a R$ 250 mensais.

“Estamos crescendo bem, de forma orgânica. Não chegamos ao breakeven ainda, mas estamos num ritmo de crescimento legal para chegar de forma robusta em uma rodada mais na frente”, finaliza o CEO.