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Com seed de R$ 11 mi, SafeSpace quer escalar tecnologia para compliance

Este é o 2º aporte recebido e o maior obtido por uma startup comandada por mulheres; em 2020, foram R$ 2,4 mi aportados pela Maya Capital

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A SafeSpace, startup que desenvolveu uma plataforma digital para facilitar relatos de casos de má conduta nas empresas, como assédio e discriminação, acaba de receber R$ 11 milhões em rodada seed liderada pelo fundo ABSeed Ventures. Também participaram a gestora DGF Investimentos e investidores-anjo como Doug Scherrer, que foi o 1º diretor financeiro do Nubank; Lucas Amoroso, co-fundador da Men’s Market; e Fernando Montera, presidente da Doji.

Este é o 2º aporte recebido pela empresa e o maior obtido por uma startup comandada por mulheres no Brasil. Em outubro de 2020, a SafeSpace recebeu R$ 2,4 milhões da Maya Capital, também fundada por mulheres. A rodada pré-seed contou ainda com a participação de 11 investidores-anjos.

“O foco principal de uso do novo aporte será em produto, vendas e marketing. Estruturar a empresa para escalar”, conta Rafaela Frankenthal, uma das fundadoras da companhia e colunista do Startups. Segundo ela, vão rolar contratações para as 3 áreas até o início de 2022. 

A plataforma da SafeSpace é utilizada em 55 empresas – entre elas a Creditas, Petlove, e Buser. No portfólio, também estão companhias que operam na América Latina, como o unicórnio NotCo, focada na produção de alimentos à base de plantas. Atualmente, mais de 20 mil pessoas já têm acesso à plataforma. Nos últimos 12 meses (considerando setembro/20 a setembro/21), a receita anual recorrente da startup cresceu 35 vezes.

Giovana Sasso (à esq), Natalie Zarzur, Rafaela Frankenthal e Claudia Farias, cofundadoras da SafeSpace

Tecnologia para construir confiança

Segundo a própria SafeSpace, o que a diferencia dos canais de denúncia tradicionais é que seu objetivo não é simplesmente digitalizar o modelo até então adotado. O foco é utilizar a tecnologia para construir confiança para que as pessoas se sintam seguras de relatarem os problemas internamente, enquanto estes ainda são pequenos, e capacitar as empresas com as ferramentas necessárias para mediar e resolver as situações rapidamente. 

Um exemplo para ilustrar é a recém-lançada funcionalidade Connect. O recurso permite que funcionários façam um relato, com a condição de que não sejam a primeira ou única pessoa a fazer a explanação sobre o mesmo indivíduo. Isso ajuda a encorajar os colaboradores  a vencer o medo e relatar preocupações antes que os problemas se tornem mais graves. Por outro lado, ajuda o compliance e o RH a identificarem padrões de comportamento recorrentes.