Quando uma empresa como a Dell resolve dispensar uma parte de seu quadro de funcionários, é de se esperar uma demissão significativa. É o caso do corte que a multinacional deve fazer esta semana, em que 5% – ou aproximadamente 6.650 mil funcionários – serão dispensados.
Segundo reporta a Bloomberg, os cortes são reflexo da queda acentuada do mercado de PCs, algo que a Dell sentiu forte no ano passado. Para dar contexto sobre a decisão, o co-COO da empresa, Jeff Clarke, enviou um memorando aos funcionários, afirmando que a empresa está enfrentando condições de mercado que estão “continuamente erodindo com um cenário incerto”.
Com os cortes, o quadro da Dell foi reduzido ao seu menor tamanho em seis anos, ficando em aproximadamente 39 mil colaboradores.
A declaração do executivo encontra respaldo em um recente levantamento realizado pela IDC, em que as vendas no segmento de PCs caiu bruscamente em relação aos números de alta registrados durante a pandemia. Segundo o estudo, o percentual de redução no número de unidades comercializadas chegou a 37% para a Dell. Detalhe: 55% da receita da companhia vem da venda de PCs.
De acordo com o co-COO, a empresa tentou evitar as demissões através de cortes estratégicos de custos, como congelamento de novas contratações e limites para viagens corporativas. Entretanto, segundo disseram fontes ligadas à Dell para a Bloomberg, os cortes no time foram necessários para reforçar a eficiência.
“Já passamos por crises econômicas antes e saímos mais fortes”, escreveu Jeff Clarke em nota aos funcionários. “Estaremos prontos quando o mercado se recuperar.”
A demissão em massa na Dell é mais uma na lista de grandes cortes que as maiores empresas de TI dos EUA estão passando. Apenas neste começo de 2023 nomes como a Microsoft, SAP e Amazon, entre outras, demitiram dezenas de milhares de colaboradores, em esforços para mitigar os impactos econômicos que 2022 trouxe e preparar suas estruturas para os desafios de 2023.