Negócios

Crédito está saindo das mãos dos bancões, diz Celcoin

Crescimento de FIDCs e BaaS acelera desconcentração do sistema financeiro no Brasil, aponta CEO Marcelo França

Leitura: 3 Minutos
Marcelo França, CEO da Celcoin, é o convidado do novo podcast MVP | Foto: Startups
Marcelo França, CEO da Celcoin, é o convidado do novo podcast MVP | Foto: Startups

*Conteúdo oferecido por Celcoin

Historicamente, a oferta de crédito sempre foi assunto restrito aos grandes bancos. Entretanto, com o crescimento dos provedores de infraestrutura bancária — ou Banking-as-a-Service, se preferir — uma nova tendência está se apresentando. Aos poucos, o mercado de crédito está se aproximando do mercado de capitais, com operadoras de FIDC e outros veículos permitindo que fintechs e empresas de outros setores entrem nesse segmento.

Na visão de Marcelo França, CEO e fundador da Celcoin, o Brasil vive um momento de desconcentração bancária, e o crédito é uma evolução natural desse movimento. “A desconcentração bancária está impulsionada por uma mudança significativa na alocação de crédito, com uma crescente migração para o mercado de capitais”, afirma o executivo, em entrevista para o podcast MVP, do Startups.

De acordo com o executivo, o país vive um boom de novos FIDCs, com cerca de 400 a 500 criados por ano, o que reflete a demanda por alternativas de financiamento fora do sistema bancário tradicional. “Essa tendência de desconcentração pode resultar em maior competição e inovação no setor financeiro, beneficiando tanto consumidores quanto empresas”, avalia.

Para o CEO da Celcoin, um dos grandes game changers nesse cenário é o crédito consignado. Para atender a essa demanda, a empresa já desenvolveu um produto de “consignado-as-a-service”, baseado em um motor de averbação próprio.

“A gente está conectado hoje ao crédito trabalhador, FGTS, dezenas de convênios municipais e estaduais para que qualquer originador possa conceder empréstimo, onde quer que ele esteja, qualquer que seja o convênio, mesmo sendo uma empresa privada. É uma linha de crédito normalmente mais barata do que outras, e a gente está vendo uma demanda realmente brutal por esse produto”, pontua.

Atualmente com cerca de 750 clientes ativos e mais de R$ 30 bilhões em valores processados mensalmente, o plano de curto e médio prazo da Celcoin é se estabelecer como um dos maiores players “nos bastidores” dos serviços bancários no país. “A empresa acredita que a desconcentração bancária e a desintermediação de pagamentos continuarão a gerar demanda por seus produtos e serviços nas próximas décadas”, afirma.

Embalada por uma rodada de US$ 125 milhões captada no segundo semestre de 2024, a empresa pretende manter o ritmo de expansão com novas aquisições. Para saber mais sobre isso, confira na íntegra o novo episódio do podcast MVP com Marcelo França — disponível no Spotify e YouTube.