R$ 120 milhões para investir em tecnologias inovadoras em óleo e gás. Esse é o plano da PRIO (antiga PetroRio) com a abertura de seu fundo de Corporate Venture Capital (CVC), a PRIO Ventures.
Anunciado durante o Web Summit Rio, o veículo terá a petroquímica como investidor único e será gerido pela Citrino Ventures, divisão de VC ligada ao family office da família Ermírio de Moraes, e que já tem na carteira outros CVC conhecidos como o CV Idexo, da TOTVS.
Sobre a tese do novo fundo, o objetivo da PRIO Ventures é o de investir em iniciativas inovadoras que possam ser aplicadas e escaladas no negócio da estatal. “O fundo terá como foco investimentos para atuação na indústria de óleo e gás, principalmente nas frentes de desenvolvimento de produção, operações e subsea, além de focar nos pilares de sustentabilidade e transformação digital”, disse a companhia em nota.
A gestora não deu maiores detalhes sobre quais os estágios das empresas que serão investidas, nem o tamanho dos cheques que serão assinados. Segundo Vitor Hugo Oscar, especialista em CVC da PRIO e um dos responsáveis pelo projeto, o objetivo com o fundo é o de estar lado a lado com as startups investidas para construir valor.
“Queremos ser parceiros de longo prazo dos empreendedores, utilizando a estrutura e experiência da PRIO para impulsionar esses negócios, além de apoiá-los no dia a dia”, destacou o executivo, durante o evento de lançamento do fundo, realizado na semana do Web Summit Rio.
Para Bruno Menezes, Diretor de Novos Negócios da PRIO, a companhia está em um momento propício para a incentivar a criação de novas tecnologias, e o fundo chega para solidificar isso.
“O fomento à inovação sempre fez parte da nossa estratégia e agora damos um passo importante nessa jornada ao buscar startups que têm o potencial de transformar a indústria de óleo e gás”, destaca Bruno.
Com o movimento, a PRIO quer aproveitar uma onda que está apenas no começo. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), investimentos na área de petróleo e gás no Brasil devem chegar a R$ 600 bilhões até 2029, e diversas empresas grandes e startups estão de olho nesse potencial.
Um exemplo é o da também carioca Ocyan, empresa privada que lançou, ao lado da consultoria Innoscience, desafios de inovação aberta para se conectar com startups do setor. Além disso, no ano passado, A Ocyan adquiriu a fatia que o fundo Primatec possuía na startup Vidya Technology.