A Oxygea Ventures, veículo de Corporate Venture Capital (CVC), venture building e aceleração de startups da Braskem, anunciou seu 1º investimento. A companhia está lançando a startup Xtellar no mercado norte-americano, após um investimento inicial de US$ 2 milhões.
A novidade é produto do eixo de venture building da Oxygea, que criou a Xtellar combinando a divisão de materiais 3D da Braskem – que começou com um pequeno portfólio de formulações especializadas de polipropileno (PP), de base biológica e reciclada – e a Taulman3D, adicionando nylon, PETG reciclado e PETG ao portfólio. Estes materiais são utilizados pela indústria aeronáutica, automotiva, da saúde e da educação.
Com a nova estrutura criada para a Xtellar, toda a produção de filamentos com novos materiais ficará sob o nome da nova companhia, e a base de clientes da Braskem e Taulman3D (como a Força Aérea Americana), ficará sob esta operação. Aliás, por conta da base de clientes internacionais da Taulman3D (que inclui empresas na Europa), a sede da Xtellar ficará nos EUA.
Apesar do investimento inicial modesto, a expectativa da Oxygea é colocar mais grana na Xtellar. Até 2025, a nova startup deverá receber mais US$ 5 milhões para impulsionar seu crescimento. Dinheiro no caixa a Oxygea tem: o braço de investimentos da Braskem tem cerca de US$ 150 milhões para investir em novos negócios nos próximos anos.
Passo importante
Para a Oxygea, o novo empreendimento é um passo importante para a continuidade da estratégia de inovação da Braskem, atuando de forma independente impulsionando startups com foco em neutralidade de carbono, economia circular, energia renovável, novos materiais e transformação digital, abrangendo Smart Factory, Analytics e Big Data.
“Este investimento faz parte do nosso objetivo de promover novas soluções ao mercado, acompanhando e ajudando a desenvolver novos produtos que estejam alinhados com a agenda ESG. Assim, acreditamos que o produto da Xtellar também agrega valor a diversas indústrias ao oferecer manufatura aditiva, algo que está cada vez mais adotado nas cadeias de suprimentos globais”, pontua Artur Faria, CEO da Oxygea, em comunicado.
Para o CEO da Xtellar, Jason Vagnozzi, as expectativas para o novo negócio são altas, já que as projeções para a indústria de impressão 3D são otimistas, com um crescimento estimado para além dos US$ 70 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 20%.
“Acreditamos que essa nova estrutura nos permite oportunidades aprimoradas para atender a essa demanda em rápido crescimento. Estamos ansiosos para fazer parceria com nossos clientes e outras organizações para criar colaborações inovadoras e dar vida à inovação”, destacou Jason, em comunicado.