Corporate venture capital

PayHop entra em duplicatas escriturais com novo aporte da TOTVS

Essa é a segunda rodada de investimentos da fintech avaliada em mais de R$ 50 milhões

Eduardo Rossi (co-fundador e CEO) e Arthur Fontana (cofundador e CTO). Foto: Divulgação
Eduardo Rossi (co-fundador e CEO) e Arthur Fontana (cofundador e CTO). Foto: Divulgação

A fintech PayHop recebeu um aporte do fundo de corporate venture capital (CVC) da TOTVS, o CV iDEXO. Também participaram da rodada os investidores da rodada anterior: Experian VenturesDOMO.VC, Citrino, além de investidores anjo. O valor captado não foi divulgado pela startup por questões estratégicas.

Essa é a segunda rodada de investimentos da PayHop. A primeira, no valor de R$ 11,5 milhões, havia sido liderada pelo CVC da Serasa Experian, o Experian Ventures. Na ocasião, os recursos foram utilizados para a entrada no mercado de recebíveis de cartão de crédito. Agora, com o novo investimento, a fintech, avaliada em mais de R$ 50 milhões, pretende começar a atuar com duplicatas escriturais.

Em entrevista ao Startups, os fundadores da PayHop, Eduardo Rossi e Arthur Fontana, contaram que a busca por CVCs tem como objetivo, além do investimento, a parceria estratégica com as empresas. “Estamos repetindo a experiência de ter CVC na nossa estrutura porque nossa parceria com o Serasa nos mostrou que nesse mundo de B2B, em que se busca um relacionamento de longo prazo com as empresas, ter um canal de distribuição para acelerar é muito importante”, disse Eduardo.

A parceria vai permitir à PayHop fazer uma integração com os sistemas de gestão da TOTVS. A fintech viabiliza crédito nas cadeias produtivas com uso dos recebíveis e, por sua vez, esta informação também trafega pelos softwares da TOTVS. “Estamos muito animados com a chegada deste investimento e principalmente com a sinergia que existe entre os negócios”, complementou Eduardo.

Metas para 2024

Fundada em 2020, a PayHop pretende alcançar o breakeven ainda neste ano e tem planos robustos de crescimento até 2025. A ideia é alcançar a marca de um milhão de varejistas e R$ 1 bilhão de volume transacionado até lá. Em 2023, para se ter uma ideia, a empresa tinha cerca de 400 mil varejistas cadastrados e um volume transacionado de cerca de R$ 200 milhões. O faturamento da empresa cresceu seis vezes de 2022 para 2023, segundo os fundadores.

Apesar das metas ambiciosas, Arthur ressaltou que a empresa busca um crescimento sustentável. A entrada no segmento de duplicadas, um mercado três vezes maior que o de cartões de crédito, é uma das estratégias para alcançar esses objetivos.

Felipe Fornaziere, general partner da Citrino Ventures, gestora do CV iDEXO, disse que esse é o oitavo investimento da casa, que busca empresas com aplicações baseadas em dados, soluções práticas, tecnologicamente robustas e capazes de resolver um problema real. “É o caso da PayHop, uma startup inovadora que foge do trivial e explora um mercado recém-criado pelas mudanças na regulamentação financeira, desenvolvendo aplicações dentro de um universo de inteligência de recebíveis”, destacou.