Encontrar negócios promissores a partir de pesquisas e talentos científicos, estimulando um ecossistema em que pesquisas se transformam em grandes negócios. Esse é o objetivo do Base, iniciativa nacional lançada este mês pela Embrapii, em parceria com o Sistema FIERGS (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul) e a consultoria de inovação Numerik.
Lançado oficialmente no Instituto Caldeira, em Porto Alegre, nesta quarta (16), e no Cubo, em São Paulo, no início de julho, o programa tem como foco a criação, desenvolvimento e aceleração de deep techs, principalmente no ecossistema gaúcho.
O Programa Base se divide em duas frentes: uma delas é voltada a pesquisadores que realizam pesquisas de base com tecnologia aplicada – como mestrandos e mestres, doutorandos e doutores, e pesquisadores com interesse em transformar pesquisas e negócios. Ao todo, o programa selecionará 150 pessoas, e poderão ser repassadas bolsas para 30 pesquisas, que terão apoio do Centro de Competência da Embrapii.
A outra parte contemplará negócios de base tecnológica e empresas/startups que buscam acelerar seu negócio, que terão acesso a mentorias e outras iniciativas de desenvolvimento para o negócio, conectando fundadores com representantes da indústrias e colocando deep techs para resolver problemas de negócios.
O Base é dividido em quatro etapas interligadas — Boost, Advance, Shape e Expand. Na fase Boost, os pesquisadores têm a chance de transformar suas pesquisas em negócios. A etapa Advance é destinada a quem já enxerga aplicações de mercado para suas pesquisas, mas precisa de suporte para desenvolver um planejamento estratégico.
Já a etapa Shape atende startups já consolidadas, oferecendo suporte às que evoluírem para deep techs. Por fim, a fase Expand é voltada a empresas já maduras que buscam acelerar seu crescimento.
“O Sistema FIERGS atua para que a inovação na indústria seja acompanhada de resultados econômicos positivos e, fundamentalmente, de desenvolvimento de competências relacionados às necessidades das novas formas de trabalho. Então, o Programa Base representa uma pioneira oportunidade para isso, fortalecendo a conexão entre a academia e a indústria, permitindo às pesquisas se transformarem em produtos e serviços que atendam as necessidades do mercado”, explica o gerente da Divisão de Tecnologia e Inovação do Senai-RS, Victor Gomes.
Os interessados podem ingressar na fase que melhor se alinha às suas demandas de forma gratuita, desde que atendam aos requisitos do regulamento presente no formulário de inscrição. A adesão pode ser feita até o dia 31 de julho, pelo site oficial do programa.