Com objetivo de conectar as deep techs de impacto a investidores, a Wylinka, organização sem fins lucrativos fundada em 2013, em Belo Horizonte (MG), anuncia o lançamento do projeto Deep Hunters. O programa é focado em startups de base científico-tecnológica que possuem soluções aderentes às teses de investimentos dos parceiros da organização.
Funciona da seguinte forma: uma equipe responsável identifica e faz a busca na base de startups da Wylinka e também no ecossistema brasileiro de inovação para captação dessas soluções e, posteriormente, realiza a conexão com potenciais investidores. Neste programa, só participam startups a partir do TRL4 e já estruturadas para atender aos desafios na prática.
Segundo Ana Carolina Calçado, presidente da Wylinka, desde que estudava bioquímica na Universidade Federal de Viçosa (UFV), tinha interesse em conectar ciência e indústria. E ao longo dos anos, enxergou um GAP de aproximação entre empreendedores de base tecnológica e investidores.
“O perfil do time de uma deep tech é de cientistas, que nem sempre são pessoas com preparo para falar com o mercado e com tanta técnica, têm dificuldade de simplificar. Por outro lado, o investidor não tem muita facilidade de entender e avaliar a tecnologia, seu potencial. É por isso que o Deep Hunters se baseia na seleção eficiente e na capacitação dos participantes para a boa comunicação na rodada de negócios”, explica Ana.
A primeira chamada para o Deep Hunters rolou em outubro e reuniu mais de 100 startups que receberam treinamentos de preparação para conversar com os investidores. Então, 18 startups foram selecionadas para participar de rodadas com 10 investidores parceiros e agora a Wylinka está conduzindo o processo de matchmaking e fomentando parcerias. As startups escolhidas foram: Adrenalizou, BioUs, Cicatribio, CYBmind, Druget, Fortmag, Iasautec Amazon, inSystem LTDA, LiteMe, Living Out, Myrtus Plant Biotech, NanoOnco 3D, Puba, Semine, Techbalance e XINFAX.
“Nossa missão é trabalhar a inovação de base científica. Existe um potencial muito grande dessas inovações, no Brasil produzimos ciência em volume e qualidade que embasam que tenhamos mais inovação desse tipo, mas ainda existem muitos desafios para amadurecer esse ecossistema”, acrescenta Ana.
Em seus 10 anos de atuação, a Wylinka já contabiliza mais de 7.670 pessoas capacitadas, 127 instituições apoiadas, 2.972 soluções de base tecnológica, 940 tecnologias mapeadas e 2.576 atores e parceiros do ecossistema mobilizados.