A demanda crescente por data centers, impulsionada pela inteligência artificial, deve superar a infraestrutura computacional existente em 2025, informou a consultoria Oppenheimer.
“Os hiperescaladores (empresas que oferecem infraestrutura em nuvem em larga escala) ainda estão presos em uma guerra LLM, onde há escassez de infraestrutura para treinamento (de modelos de linguagem), o que está ajudando na precificação do data center”, disse Timothy Horan, analista da Oppenheimer, em nota aos investidores na sexta-feira.
Segundo ele, dados indicam uma demanda “extremamente forte” por data centers hiperescalares.
“Provavelmente ficaremos sem capacidade no próximo ano. Positivamente, as empresas percebem que os dados são o novo petróleo e exigirão/acelerarão a migração para a nuvem para permitir a IA. Todos estão tentando equilibrar latência, custo e precisão, que muitas vezes exigem modelos menores”, acrescentou.
Além de gigantes como Microsoft, Amazon Web Services (AWS) e Google, a Oppenheimer acrescenta que a corrida pelos data centers também conta com nomes menos conhecidos, apesar de listados nas bolsas americanas, como Cogent Communications, DigitalOcean, Equinix e Cloudflare, além de Amdocs, NICE e Verint Systems.
No Brasil, o investimento em infraestrutura de IA também tem sido impulsionado por empresas nacionais e por grandes players. Recentemente, a Scala IT levantou US$ 500 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) para tocar seu plano de dominação do mercado de infraestrutura de data centers no Brasil.
A Microsoft também anunciou em setembro que vai investir R$ 14,7 bilhões para ampliar sua infraestrutura de inteligência artificial no país. A companhia possui duas regiões do seus serviço de nuvem, o Azure, localmente: a Brasil South, com sede no estado de São Paulo e que foi anunciada em 2014, e a Brasil Southeast, com sede no Rio de Janeiro, lançada em 2020. Elas integram uma rede de mais de 600 centros de dados e 60 regiões do Azure espalhadas pelo mundo.