Demissões

Com novo CEO, gráfica online Printi demite 45 pessoas

Hans Lenk assumiu o comando da Printi há cerca de 1 mês. Cortes rolaram principalmente nas áreas de vendas e marketing

Gráfica Printi
Foto: Printi/Divulgação no blog da Printi

A Printi, gráfica online de produtos personalizados que desde 2020 é controlada pela irlandesa Cimpress, realizou uma rodada de cortes em seu quadro de funcionários. O Startups apurou que a empresa desligou cerca de 45 pessoas nesta semana, majoritariamente das áreas de vendas e marketing.

O movimento acontece cerca de 1 mês depois da companhia contratar um novo CEO. Hans Lenk, executivo que já trabalhou em empresas como Saúde iD, Grupo Fleury, Unilever, Mercedes Benz e Boston Consulting Group, ingressou na Printi em setembro com a missão de liderar as estratégias de expansão e ampliar a máquina de vendas. Segundo a revista Exame, a gráfica online faturou R$ 127,8 milhões em 2022, um crescimento de 21,6% em relação a 2021, e pretende faturar R$ 150 milhões em 2023.

Procurada, a empresa confirmou as demissões, sem dar muitas informações ou revelar o número exato de funcionários impactados. “A Printi esclarece que readequou alguns de seus times para acompanhar os planos da empresa em 2024, que contemplam foco em produtos já bem sucedidos e o crescimento contínuo da companhia”, disse, em nota. Uma planilha colaborativa que começou a circular online já consta 30 profissionais desligados.

“O argumento dado pela empresa foi ‘não estamos entregando resultados, então faremos corte por pressão do investidor'”, disse um dos ex-colaboradores ouvidos pela reportagem. Fundada em 2012 pela dupla Mate Pencz e Florian Hagenbuch, que deixaram o negócio em 2018 e hoje estão à frente da Loft, a Printi recebeu, ao longo de sua trajetória, investimentos dos fundos Greenoaks Capital e Riverwood Capital, além de investidores-anjo. Em 2014, passou a ser investida pela irlandesa Cimpress, gigante global que opera diversas marcas de impressão personalizada e que desde 2020 é a dona da companhia.

“Não houve transparência, muito menos humanização. As pessoas foram desligadas em grupos via Google Meet. O RH fez uma fala de 2 minutos e deixou o departamento pessoal para cumprir a burocracia. A reunião nem tinha acabado e as pessoas já estavam sendo retiradas do sistema, nem conseguiram se despedir dos colegas. A maioria dos gestores só descobriu o desligamento de seus times após a realização da videochamada. Quem saiu só recebeu essas informações, quem ficou também não teve nenhum amparo ou acolhimento”, disse uma fonte ouvida pela reportagem.

Presente em mais de 3 mil cidades do país, a Printi nasceu com a missão de descomplicar o acesso de micro e pequenas empresas a materiais gráficos de qualidade e com preço justo. A companhia tem como planos manter o crescimento de 20% ano a ano, a partir do lançamento de novos produtos e fortalecimento da máquina de vendas para expandir para novos mercados B2B.