O Mercado Bitcoin, plataforma de negociação de criptomoedas e ativos alternativos controlada pelo grupo 2TM, dispensou 45 funcionários nesta semana. As demissões afetaram diversas áreas da companhia, incluindo os times de growth, operações, BI, finanças e CX, segundo apurou o Startups.
Ex-colaboradores revelam que a empresa não deu muitos detalhes sobre a movimentação. “Eles não falam, [dizem que é] apenas redução de despesas. Algo bem genérico”, disse uma pessoa ouvida pela reportagem. “Corte de custos, basicamente. Não entraram em mais detalhes”, contou outro funcionário.
Ao Startups, o Mercado Bitcoin confirmou os novos desligamentos:
“Há dez anos o MB se dedica a explorar o potencial da blockchain e a capturar oportunidades que vêm surgindo para a criptoeconomia nos mercados tradicionais. Entre o final de 2022 e metade de 2023, o MB conquistou definitivamente os requisitos legais necessários para ser uma infraestrutura completa no Brasil, com a licença de funcionamento de Instituição de Pagamento, e em Portugal, com o aval da autoridade monetária local para transacionar e custodiar criptoativos.
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Esses avanços ocorreram em pleno ciclo de inverno cripto, o que mostra a robustez das operações do MB e que credenciam o ecossistema a liderar o desenvolvimento da Economia Tokenizada no País. Desta forma, o MB está reorganizando suas operações para fazer frente a esses desafios e focar em iniciativas de alto impacto para os negócios. O ajuste resultou no desligamento de 45 colaboradores e na priorização das avenidas de crescimento dos negócios.
Hoje, o MB tem mais de 300 pessoas espalhadas pelo mundo, prontas para desenvolver o mercado de criptoativos, avançar nos segmentos de Renda Fixa Digital, startups, banking, e atuar ativamente do Piloto Real Digital do Banco Central, projeto do qual temos orgulho de participar”, disse a empresa, em nota.
Os profissionais desligados se juntam a outros 190 que o grupo já tinha demitido ao longo do último ano. Em junho/22, o Mercado Bitcoin desligou 90 colaboradores e, menos de três meses depois, o 2TM cortou outros 100.
A startup afirma que, apesar das demissões, o time de desenvolvimento e produtos segue contratando para assegurar o ritmo de evolução e inclusão de soluções e serviços na plataforma, rebalanceando prioridades e algumas competências.
Em março deste ano, Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, contou que apesar da crise de confiança do mercado global de criptomoedas, alimentada por polêmicas e quedas envolvendo dois dos maiores nomes do segmento – a FTX e a Binance – o momento era de pensar alguns passos à frente. “Temos um plano, um jogo de longo prazo. A gente entende que existem momento de crise, de discussão no setor, mas isso serve para evoluir o setor”, disse em entrevista ao Startups.
