Demissões

Trybe corta 35% e faz sua 2º demissão em menos de um ano

Cerca de 128 colaboradores, de áreas diversas, foram desligados, num corte bem maior do que foi realizado em agosto de 2022

Trybe
Trybe. Crédito: Divulgação

A edtech Trybe, especializada na formação de talentos para o mercado de tecnologia, fez essa semana mais uma rodada de cortes em sua operação, dispensando 128 pessoas de sua operação – algo em torno de 35% do quadro total da companhia.

A informação foi divulgada pelo site Layoffs Brasil e confirmada pela própria Trybe. É a segunda demissão em massa em menos de um ano. A anterior foi em agosto do ano passado, mas foi bem menor, quando a companhia dispensou 47 pessoas – na época ela estava com um quadro de aproximadamente 500 pessoas.

Apesar de confirmar em nota as demissões, a empresa não deu detalhes sobre as áreas que foram afetadas nos cortes. Entretanto, eles pontuaram que ofereceram um pacote de bonificação aos profissionais impactados, que inclui desde remuneração até o fornecimento de notebooks de trabalho, além da extensão de alguns benefícios.

“Embora doloroso, o movimento é necessário para alcançar objetivos de longo prazo. Seguimos prestando os serviços normalmente para atuais e futuros estudantes sem alterações em nossa operação, e pretendemos alcançar o breakeven ao longo dos próximos 180 dias”, afirmou a companhia, em nota.

Em papo exclusivo com o Startups no final do mês passado, o CEO da Trybe, Matheus Goyas falou sobre os desafios que a edtech enfrenta em um cenário onde as contratações de talentos estão em baixa, o que fez a edtech rever planos e alocação de recursos.

“Neste sentido, pausamos algumas iniciativas de desenvolvimento de novos produtos, e focamos na alocação de recursos em nosso core business. Aliás, na parte de formação para desenvolvimento de software, fizemos o contrário e investimos mais”, afirmou na época.

No papo com a reportagem do Startups, Matheus assesgurou que a Trybe mantinha a sua saúde financeira, ainda com o dinheiro de sua série B de R$ 145 milhões levantada no final de 2021. Segundo ele, a companhia estava firme com suas contas, sem a necessidade de buscar uma nova captação em 2023.