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Dos livros infantis à conversão de vendas: a nova empreitada de Rodolfo Reis, do Leiturinha

Dos livros infantis à conversão de vendas: a nova empreitada de Rodolfo Reis, do Leiturinha

Quantas vezes você já se deparou com a seguinte situação ao fazer uma compra on-line? Encheu o carrinho com diversos itens, mas por algum motivo, desistiu da compra antes de prosseguir para a etapa de pagamento. Pois é, tantos carrinhos abandonados pela web motivaram a criação de uma plataforma que pode transformar todas essas desistências do e-commerce em compras concluídas. Como? Pelo atendimento humanizado.

Na foto de destaque: os sócios Rodolfo Reis (à esq), Ana Carla Abreu e Daniel Morais

A WeClever traz ao mercado essa proposta. Ajudar empresas a aumentarem suas vendas e a otimizarem a retenção de clientes por meio de relações humanas e orientadas pela tecnologia. A empresa nasceu de uma reflexão de Rodolfo Reis com o sucesso de outra companhia que ele ajudou a fundar, há 4 anos, o Leiturinha, clube de assinaturas de livros infantis, que inclusive foi vendida à Movile após 2 anos de operação.

“Percebi que o diferencial do Leiturinha foi o elemento humano, sobretudo no processo de aquisição e retenção de clientes, e que isso é muito pouco executado pelas empresas B2C com presença digital”, diz Rodolfo. Segundo ele, até hoje 30% das vendas do clube de assinaturas de livros são concluídas com atendimento humano. Foi com isso na cabeça que ele deixou o PlayKids em agosto de 2019. Dois meses depois, convidou Ana Carla Abreu e Daniel Morais e começaram a encarar a inquietação como estratégia de aquisição e decidiram levar o conceito para o B2C. O investimento bootstrap foi próximo a R$ 500 mil.

Em 1 ano e meio de operação, a WeClever conquistou 20 clientes, em sua maioria grandes empresas, e não só varejistas. O Banco BV, por exemplo, utiliza a plataforma como meio para oferecer propostas personalizadas e consultivas aos clientes.

A receita da WeClever vem de um modelo 100% success fee, ou seja, ganhos apenas sobre comissões das vendas realizadas. A startup vem crescendo dois dígitos mês a mês e prevê um avanço ainda maior para os próximos anos. Atualmente são mais de 100 mil atendimentos mensais.

Para 2022, a empresa planeja ampliar o uso do seu recém-lançado app (te explico mais abaixo) para qualquer e-commerce ou loja física, no qual o próprio lojista poderá fazer o atendimento direto com o cliente e não o consultor. Para acelerar o seu crescimento, a WeClever também buscará um parceiro estratégico e pretende iniciar conversas com potenciais investidores. Ao sair do dia a dia da Leiturinha, Rodolfo manteve uma participação na Playkids, mas não ocupa nenhuma função executiva. Ele também é sócio da Organica 10.4.3, fundo de VC focado em startups em estágio inicial da aceleradora Organica.

Como funciona na prática?

Através de algoritmos proprietários e inteligência artificial, a plataforma identifica a propensão de compra e o comportamento do cliente. Então, um time de consultores estuda cada detalhe sobre a empresa e seu público, para assim, criar estratégias de abordagens únicas aos potenciais clientes. Isso vai desde a elaboração de discursos personalizados até a escolha do melhor canal para estabelecer uma conversa com o cliente (voz, WhatsApp, SMS, etc).

A novidade mais recente é o aplicativo Cleverapp, uma central do consultor para comunicação via WhatsApp. “Quando tem o abandono de um carrinho isso vira uma oportunidade, distribuída aos consultores por modelo de gamificação. Quem pegar a oportunidade primeiro, conversa com um potencial cliente”, explica Rodolfo.

Rodolfo é enfático em dizer que a WeClever não quer substituir o customer experience das empresas. A proposta é de ser um ponto de contato na jornada de relacionamento com ele ou ela. “Por que não concluiu a compra? Estou aqui para te ajudar”. Este é o gancho.