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A EasyJur, startup que oferece soluções para escritórios de advocacia e departamentos jurídicos, levantou R$ 1,4 milhão em sua nova rodada de investimentos. O aporte foi liderado pelo Investidores.vc, parceiro de longa data da EasyJur que já tinha participado do primeiro aporte da companhia, em 2019.

A captação chega em boa hora para a startup, que quer fortalecer a sua posição no mercado jurídico e alcançar R$ 12 milhões de faturamento até 2025. Para isso, a EasyJur vai usar os recursos para aperfeiçoar o produto, expandir a base de clientes e melhorar a experiência do usuário, além de aumentar o time com contratações na área comercial e de lideranças como os novos CPO e CFO, que deverão apoiar a empresa em seu próximo ciclo de crescimento.

Segundo o CEO, Vinícius Marques, o objetivo é tornar a EasyJur a plataforma mais completa e inovadora para a gestão de ponta a ponta dos escritórios de advocacia no Brasil. “Registramos bons resultados no último ano e pretendemos dobrar de tamanho no próximo”, diz o executivo, em entrevista ao Startups. O objetivo da empresa é eliminar 10 bilhões de horas de trabalho repetitivo para dois milhões de advogados em todo o mundo.

Fundada em 2015 em Uberaba (MG), a plataforma visa transformar o setor jurídico com tecnologias que abrangem desde a gestão de processos, prazos e contratos até a automação de tarefas financeiras, proporcionando agilidade, eficiência e produtividade para os profissionais da área. Como parte do roadmap de inovação, a companhia está desenvolvendo uma inteligência artificial que facilite ainda mais a vida dos advogados da plataforma. A ideia é que a solução analise dados históricos de casos e preveja possíveis desfechos, além de ser capaz de responder a consultas básicas, fornecer atualizações de casos e agendar reuniões.

De olho no M&A

Amure Pinho, fundador do Investidores.vc, destaca a evolução e ganho de maturidade da EasyJur nos últimos anos. “Acompanhamos a empresa desde o início, participando do primeiro aporte em 2019, com follow on entre 2021 e 2022, até o momento atual. É uma startup early stage com modelo SaaS, que gera receita recorrente, tem um cancelamento baixíssimo e aumenta cada vez mais o valor gerado para o cliente”, pontua.

O executivo destaca que deste o seu primeiro aporte na companhia, o negócio tem dobrado de tamanho ano após ano, colhendo uma série de aprendizados para seguir crescendo. “A eficiência e geração de caixa já adquiridas pela EasyJur, assim como a construção de um produto com base nas necessidades do cliente, coloca a empresa muito próxima de uma consolidação de mercado, seja fazendo aquisições ou sendo alvo de compra para outros players no futuro”, acrescenta.

A EasyJur fez duas aquisições em seus quase nove anos de história, e já tem outras no radar. O CEO da startup revela já ter negociações avançadas para fechar o próximo M&A. “Como compradores, estamos apostando no M&A como uma estratégia de crescimento inorgânico para melhorar o nosso portfólio de produtos”, explica Vinícius. A ideia, ele diz, é criar um ecossistema de soluções, criando uma arquitetura de software robusta que permita fazer integrações com outras ferramentas do mercado, que sejam complementares à plataforma principal e sirvam como um parceiro de growth para os escritórios de advocacia.

O executivo não descarta a possibilidade de, no futuro, a própria EasyJur ser colocada à venda para um grande player. “A inovação vem se consolidando no setor jurídico, e estar em uma posição de força de negociação, podendo fazer parte de um grupo ou ecossistema que vai liderar esse mercado no futuro, faz todo sentido”, conclui.

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