Negócios

Em nova fase, Abstartups mira Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Com nova atuação, a Abstartups tem como meta chegar a 100 mil startups e 100 unicórnios nos próximos dez anos

Leitura: 3 Minutos
Lindomar Góes, presidente da ABStartups, junto da CEO, Cláudia Schulz, e o CFO, Waldir Souza Junior
Lindomar Góes, presidente da ABStartups, junto da CEO, Cláudia Schulz, e o CFO, Waldir Souza Junior (Imagem: Divulgação/Abstartups)

Grandes negócios não nascem apenas na Faria Lima. Enquanto a região financeira de São Paulo concentra a maior parte dos holofotes, a inovação e o empreendedorismo têm se espalhado por diferentes cantos do país, mostrando que o futuro do ecossistema brasileiro precisa de uma visão mais descentralizada. E é com essa mentalidade que a Abstartups (Associação Brasileira de Startups) entra em uma nova fase.

Durante um encontro com a imprensa, a organização (que já conta com 3 mil startups associadas) anunciou que, agora, seu objetivo é de transformar o Brasil no “país das startups”. Para tornar isso possível, a ideia é de ampliar a atuação em regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A meta é ambiciosa: chegar a 100 mil startups e 100 unicórnios nos próximos dez anos.

“São os dois números que a gente vai perseguir. Se a gente quer transformar o Brasil no país das startups, precisamos atuar muito forte nessas regiões com menor densidade para criar uma nova geração de startups”, aponta Lindomar Góes, presidente da Abstartups.

Natural de Amapá, o executivo (que também é fundador da Proesc) conhece de perto os desafios de empreender fora dos grandes centros financeiros, e, por isso, aposta em iniciativas capazes de transformar essa realidade. “Há 11 anos, a Proesc era a única startup do Amapá, e a gente teve que tomar uma decisão. Ou a gente vinha para um grande centro, São Paulo, Recife, Florianópolis, ou a gente criava o nosso ecossistema de inovação”, recorda.

Pacto de Inovação

O Pacto de Inovação é visto pela Abstartups como a principal ferramenta para impulsionar o desenvolvimento do ecossistema empreendedor em regiões menos exploradas do país. Levando isso em consideração, a proposta é de criar versões regionais do projeto — como o Pacto Amazônico, o Pacto Nordeste e o Pacto Centro-Oeste — que unam diferentes atores em torno de um objetivo comum: gerar condições para o surgimento de uma nova geração de startups.

Esses pactos funcionam como um “marco inicial”, que visa abrir caminho para estratégias de longo prazo que estruturam jornadas de formação, aceleração e crescimento de empresas.

Segundo Lindomar Góes, o pacto não é apenas simbólico, mas prático: reúne governo, sociedade civil e iniciativa privada em torno de compromissos reais de apoio ao empreendedorismo de cada local. A ideia é de que, ao alinhar esses esforços, seja possível transformar regiões ainda carentes de infraestrutura em grandes polos de inovação.