O Educbank, fintech voltada a serviços de antecipação de recebíveis para escolas de educação básica, acabou de captar uma rodada série A de R$ 200 milhões, em um negócio liderado pela Vasta Educação, e acompanhado pelo fundo Marrakech Capital, que já tinha aportado anteriormente na startup.
Sob os termos do acordo, a Vasta vai injetar R$ 158 milhões no Educbank por uma participação de 47,4%. O investimento será pago em parcelas em dinheiro, totalizando R$ 88 milhões, de acordo com o crescimento de estudantes atendidos pela fintech, além de outras condições estipuladas pelo investidor, e mediante a capitalização decorrente da venda de ativos intangíveis pela Somos Sistemas de Ensino, subsidiária da Vasta, estimados em R$ 70 milhões. A Vasta ainda terá o direito de ocupar duas das seis cadeiras do conselho de administração do Educbank.
Segundo destacou a fintech em nota à imprensa, o plano com o aporte é expandir sua operação no país, com uma expectativa de estima transacionar mais de R$ 1 bilhão em pagamentos escolares até 2023. “O aporte permitirá o desenvolvimento de suas tecnologias e suportará o crescimento exponencial que a companhia atualmente vivencia”, destacou a fintech.
A presença da Vasta, braço do grupo Cogna (empresa listada na Nasdaq) no segmento de educação básica, no aporte também chama a atenção. Um dos maiores grupos de educação básica do país, com cerca de 4 mil escolas em sua rede, deve apoiar o Educbank nesta expansão. “A transação permitirá a captura de um enorme potencial de valor nos próximos anos, estando a Vasta posicionada junto ao Educbank que, em sua visão, possui uma das posições competitivas mais favoráveis para consolidar o nicho”, afirmou a fintech.
“Nenhum setor se consolidou sem acesso a capital e não será diferente com as escolas brasileiras, que necessitam de segurança financeira de longo prazo para investir e inovar – e é justamente isso que o Educbank está permitindo”, destacou Danilo Costa, fundador da companhia.
Crédito para escolas
Fundada em 2020, o Educbank é uma plataforma financeira que banca as mensalidades não pagas e cuida da gestão da escola. Diferente de um empréstimo ou seguro, a fintech assume o risco da inadimplência. Ela oferece o capital e em troca cobra uma taxa sobre o valor da mensalidade.
No início do ano passado, a empresa lançou uma ferramenta gratuita para ajudar donos e gestores de escolas a entender quanto a inadimplência afeta a saúde financeira da instituição. A calculadora de inadimplência escolar aponta os custos totais e os percentuais incorridos em função da inadimplência.
No fim de 2021, a fintech ainda anunciou a inclusão do bitcoin e do ethereum como meios de pagamento em sua rede de escolas parceiras.