Energia Solar

Lumo Robotics levanta R$ 1M para "atacar" o mercado solar

Empresa paulista que desenvolve robôs para limpeza de paineis solares levantou sua primeira rodada para atender fila de espera

Lumobot em ação
Lumobot em ação | Reprodução/Lumo

Atualmente o Brasil conta com cerca de 2,7 milhões de sistemas fotovoltaicos ligados à rede elétrica – e cada um deles precisa de limpezas regulares nas suas placas para operar de forma eficiente. De olho nessa necessidade de mercado, a brasileira Lumo Robotics encontrou seu nicho, desenvolvendo robôs para a tarefa. Agora, focada em expandir sua presença no mercado, a companhia levantou sua primeira rodada.

O aporte, de R$ 1 milhão, saiu do bolso de investidores-anjo e do fundo Gera Climate Ventures, do Grupo Gera, companhia carioca de soluções em energia solar. Em nota, a Lumo destacou que o aporte servirá para acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias e iniciar um plano de expansão para mais regiões do país.

“Os recursos captados nos permitirão acelerar nossos produtos e expandir nossa presença no mercado. Este é um benefício tanto para nós quanto para as usinas e compilados de painéis solares, que poderão aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais”, afirma Gabriel Batista, CEO e cofundador da Lumo Robotics, em comunicado.

Fundada em 2022 dentro do Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos, a Lumo afirma que suas tecnologias são desenvolvidas 100% internamente, desde o hardware até os softwares embarcados para gerar insights a partir dos sensores dos robôs. “Acreditamos que o setor solar possui necessidades únicas as quais ainda não foram sanadas com soluções existentes, o que requer um processo de P&D sério e dedicado”, destaca Gabriel, em conversa com o Startups.

Atendendo a fila

Perguntado pela reportagem do Startups, Gabriel detalhou um pouco mais os planos a partir do aporte, como o de acelerar o lançamento da primeira versão do robô Lumobot e sua plataforma integrada de IoT.

Perguntado sobre expectativa de faturamento e vendas para o Lumobot, Gabriel não abriu números. Entretanto, ele frisa que a demanda é alta. “Vamos atender uma longa fila de espera que já temos, com clientes que representa aproximadamente 25% do mercado, incluindo grandes players do setor de energia”, destaca.

Inicialmente, o foco da startup, ficará em um grupo seleto de clientes na região sudeste. Contudo, Gustavo afirma que ao longo do ano, o rollout para outras praças e outros clientes interessados entrará em ação.

De acordo com o CEO, a base de clientes se divide entre parceiros prestam serviços de limpeza e manutenção em estruturas fotovoltaicas, e outras que são donas de ativos solares em larga escala. Para atender estes clientes, a companhia pretende atuar em três modalidades, serviços diretos, aluguel e venda dos robôs, focando principalmente nas duas últimas e se apoiando em sua estrutura de parceiros.

“O Lumobot permite que as prestadoras de serviço aumentem a sua capacidade operacional, incrementando a sua carteira de clientes e seus resultados financeiros. Já as donas dos ativos que possuem times internos buscam soluções de manutenção viáveis e eficientes que acompanhem o ciclo de vida dos ativos, que pode chegar a várias décadas”, explica Gabriel.