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Entre batches e tragédias, Vibee se apronta para voltar a investir

Hub de saúde da Unimed VTRP já investiu em quatro healtechs, e quer investir em mais três até o fim do ano

Vibee
Vibee. Foto: divulgação

O Vibee, hub de inovação na área de saúde, é um sobrevivente. Para quem não sabe, o hub é ligado à Unimed VTRP e sediado em Lajeado, uma das cidades mais afetadas pelas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em maio passado, e viu de perto toda a devastação causada pelo incidente.

“Estamos acompanhando as empresas, as pessoas tentando se reerguer. A superação em meio a adversidade é meio que parte da trajetória do Vibee, que nasceu em meio à pandemia e completou quatro anos agora em julho”, pondera Rafael Zanatta, head do Vibee, em conversa exclusiva com o Startups.

Segundo o executivo, o momento é de não deixar a peteca cair, e o hub está se posicionando para isso. Agora em agosto, o Vibee fechou o seu batch 6 de healthtechs, chegando a um total de 69 startups já aceleradas, e também está se preparando para voltar a atuar como um veículo de investimento em healthtechs.

“Já investimos em quatro startups até agora, e temos outras três na fila para receber investimento”, pontua Rafael, que não abriu os valores, mas assegurou que eles devem ser assinados ainda este ano. “Um deles já foi aprovado pelo conselho (da Unimed VTRP), inclusive”, completa.

Rafael Zanatta, head do Vibee
Rafael Zanatta, head do Vibee (Foto: divulgação)

Além dos novos investimentos, o Vibee também vai colocar na conta de 2024 o seu primeiro early exit, que segundo Rafael, foi o suficiente para retornar os milhões colocados nos investimentos já feitos pelo hub.

Horizonte positivo

Em 2023 o Vibee não chegou abrir o talão de cheques para investir em novas startups, ficando apenas em follow ons nas startups da carteira. “No ano passado ainda vivíamos de forma mais severa o ‘inverno das startups’, e muitos fundadores estavam receosos quanto aos valuations”, explica.

Entretanto, para o head do Vibee, o restante de 2024 e 2025 apresentam um horizonte positivo para o setor de healthtechs.

“Na pesquisa que fizemos para o novo batch, fiquei surpreso em um bom sentido. Ainda tem muitas boas ideias surgindo, com potencial para o setor, não só em investimentos, mas em soluções inovadoras”, diz, apontando soluções em áreas como oncologia, tratamento de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e gestão de carteiras de saúde.

“Antes víamos muita startup pegando ideia lá fora para lançar no mercado brasileiro, mas agora estamos recebendo muitas coisas novas, cocriando novos produtos com aplicação prática no mercado. Recentemente aceleramos duas startups que estão desenvolvendo curativos com nanotecnologia. Estamos falando de coisas que antes ficavam muito do campo da pesquisa e não eram tão pensados como negócio”, avalia.

E quanto à inteligência artificial, a tecnologia mais quente do momento? Segundo Rafael, é inevitável não colocar a IA na tese do hub, e isso deve ficar ainda mais presente nos programas de aceleração.

“Dificilmente a IA não vai estar conectada com as coisas que queremos desenvolver por aqui. Todas as soluções que a gente investiu, elas já estão testando a IA para incrementar seus produtos”, finaliza.