Quando se trata de startups, não existe receita de bolo. Cada empresa é diferente e demanda soluções específicas para as suas necessidades. Foi pensando nisso que o estúdio de criação Est.31 decidiu levar a customização até mesmo para o seu modelo de remuneração, passando a adotar o pagamento por equity como uma possibilidade.
Fundado por Arthur Lobão e Diego Franco no ano passado, o estúdio já trabalhou com clientes como Nubank México, Justos, Alice, Warren e Hotmart, e tem a ambição de ajudar a construir o próximo unicórnio da América Latina, tendo a criatividade como alavanca.
“O que a gente queria em 2024 era ver se o nosso modelo funcionava. Tivemos a feliz oportunidade de ter um primeiro ano melhor do que a gente pensava, e agora queremos falar com todo o ecossistema de startups. Em cinco anos queremos ser o primeiro creative venture studio da América Latina a conseguir ajudar a criar um unicórnio”, conta Arthur.
O estúdio Est.31 trabalha apenas com startups nos estágios do Seed à Série A, com necessidades que os modelos tradicionais de agências de publicidade não conseguem atender, combinando expertise em branding, design, campanhas publicitárias e earned-media stunts.
Com passagem por agências como CP+B, Galeria e FLAGCX, Arthur consolidou sua carreira em branding e tecnologia fora das agências tradicionais, liderando equipes criativas de empresas como Nubank (Brasil e México), NotCo e Stone.
Já Diego é diretor de arte e foi líder criativo em agências como Mutato e Suno. Também é designer com PhD focado em IA generativa pela PUC-SP. Ele liderou a direção criativa do ecossistema de startups do Santander no Brasil e trabalhou com marcas como Samsung, Mastercard e Claro.
“A gente não pode ter pré produtos. Em alguns casos, a startup já está em um momento mais avançado e já possui fundamentos de marca claros, como foi com a Justos. Em outras situações, a gente vai criar esse fundamento junto com a empresa. É legal entender como cada uma das startups pede um tipo de atuação personalizada e conectada com o momento delas. Nosso diferencial é conseguir entender como funciona o ecossistema de startups e tecnologia, e como a criatividade pode estar a serviço do negócio”, explica Diego.
O mesmo vale para o modelo de remuneração, dizem os sócios do Est.31. Para Arthur, a possibilidade de pagar em equity aproxima as equipes de criativo e tecnologia, já que o estúdio passa a se tornar uma espécie de sócio da empresa.
“Nosso papel é mudar a forma como startups veem a criatividade. E mudar como criativos veem o seu valor”, afirma Arthur, que é complementado por Diego: “À medida que o modelo remuneratório está inserido num contexto de equity, o sucesso da empresa é o nosso sucesso. Nós olhamos o dinheiro do cliente como o nosso dinheiro”.