A Stark Infra, plataforma de infraestrutura financeira para fintechs e instituições financeiras, acaba de conquistar a licença de Provedor de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI) do Banco Central. Com a autorização, a empresa passa a oferecer a infraestrutura necessária para conectar instituições à Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN).
“A obtenção dessa licença reforça nossa competência em oferecer uma solução eficiente de conexão com o sistema financeiro brasileiro”, afirma Auziane Moraes, Líder de Produtos da Stark Infra, em entrevista exclusiva ao Startups. Ela conta que o processo para receber a autorização levou cerca de um ano.
“Sempre acreditamos na qualidade da nossa solução, mas agora temos o reconhecimento do próprio Banco Central, que valida nossa qualidade e segurança. Essa conquista nos dá a oportunidade de apresentar nossa tecnologia ao mercado e contribui para a ampliação do modelo de PSTI, que atualmente ainda conta com poucos players”, destaca Auziane.
Ao aprimorar sua tecnologia para conectar empresas de forma direta e segura à RSFN, a Stark Infra elimina intermediários, reduz custos operacionais — ao dispensar investimentos em infraestrutura própria — e simplifica a integração por meio de APIs inteligentes. Como PSTI, a companhia também assegura a troca eficiente e segura de informações entre os participantes do Sistema Financeiro Nacional. Com isso, as instituições autorizadas podem focar em suas principais atividades, como pagamentos, transferências e serviços, enquanto contam com uma infraestrutura robusta e confiável.
Visão de futuro
“Nosso papel é desafiar os incumbentes”, dispara Auziane. “Queremos mostrar que, para ser um provedor de tecnologia no cenário financeiro brasileiro, você não precisa ter décadas de legado. Pode ser um player que surgiu no contexto do Pix e sabe lidar com a carga dessas transações.”
Para ela, o grande diferencial da Stark Infra é ter nascido com um modelo escalável, já inserido em um cenário financeiro mais dinâmico e inovador. “Acredito que seremos um grande player para desafiar os incumbentes, que até então atuavam sozinhos nesse mercado”, afirma Auziane.
A licença de PSTI se alinha a essa visão de longo prazo, fortalecendo a imagem da Stark Infra no cenário de conexão com o Banco Central e reforçando sua missão de se tornar uma empresa totalmente focada em tecnologia. “Estamos cada vez mais assumindo um lugar de provedor de tecnologia. Já atuávamos como processadora de cartão e como Provedor de Conexão de PIX direto e indireto, mas essas eram estruturas menos robustas e sofisticadas do que uma licença de PSTI. Agora, com essa autorização, atingimos um novo patamar e um novo mercado, tornando o serviço mais fácil de ser distribuído”, avalia Auziane.
O desafio, segundo a executiva, está no posicionamento, para deixar claro ao mercado que a Stark Infra é uma plataforma distinta da Stark Bank, banco digital que oferece serviços financeiros para empresas. “A Stark Infra é regulada para prover tecnologia — e a licença de PSTI nos ajuda a seguir nessa direção, comprovando que a tecnologia é a nossa missão. Já a Stark Bank é regulada para prover serviços financeiros”, explica a executiva.
O Stark Bank é, justamente, o primeiro cliente da Stark Infra a operar no modelo PSTI. A expectativa é encerrar 2025 com pelo menos 15 clientes utilizando a nova licença. No total, a Stark Infra projeta terminar o ano com 30 a 40 clientes ativos.
Os planos também incluem o lançamento de novos produtos, como ferramentas para adquirentes, geração de boletos, movimentações de TED e transações entre os próprios bancos (STRs). “Vamos prover produtos relacionados a tudo o que envolve o cenário de movimentação financeira dentro da RSFN. A porta de entrada pode ser o PIX, mas o cliente precisa de outras soluções, e essas soluções que ele precisa também estamos oferecendo”, diz Auziane.
A executiva também vê potencial para expandir a atuação da Stark Infra, oferecendo infraestrutura tecnológica para indústrias além do setor financeiro. “Já observamos um movimento de indústrias que, embora não sejam nativas do setor financeiro, estão buscando esse tipo de serviço. Temos clientes com essa natureza, então percebemos que outras empresas fora do core financeiro também estão em busca dessa tecnologia para começar a operar em seus próprios setores”, conclui.