O clima parado do fim de ano não chegou na EXT Capital. Na verdade, está longe disso. A companhia acaba de anunciar que concluiu a captação de um fundo de R$ 250 milhões em conjunto com a Solis Investimentos. A notícia chega apenas 3 meses depois do lançamento da EXT, que nasceu como um spin-off da DOMO Invest para ajudar startups de alta performance e maior destaque do portfólio da gestora.
O veículo já está em operação. Em outubro, investiu R$ 15 milhões na Turbi, locadora de veículos 100% digital, tendo a XP Banco de Atacado como coordenador líder na emissão de debêntures da startup. Segundo Gabriel Sidi, cofundador da DOMO Invest e da EXT Capital, outros R$ 250 milhões serão sindicalizados com o mercado para atrair investidores tradicionais e completar o pipeline nos próximos 12 meses.
“A EXT irá ancorar as captações. Junto com a Solis, aliamos experiência e renome no mercado de crédito com a inovação e engenharia financeira que as startups mais maduras permitem”, explica Gabriel Sidi, em nota. A previsão é destinar em um ano os primeiros R$ 250 milhões para 20 startups.
De acordo com a EXT Capital, os principais usos do capital são financiamento para expansão com ativos em garantia, recursos para investimentos em FIDCs das startups e Venture Debt. “A flexibilidade de atuarmos com as duas faces que compõem a estrutura de capital das startups, Crédito e Equity, de maneira holística vem se mostrando um diferencial importantíssimo para os empreendedores, e também segue atraindo o interesse natural dos VCs e outros players de crédito tradicional”, reforça Alberto Rossi, também cofundador da EXT.
Para Delano Macêdo, sócio da Solis Investimentos, a parceria com a gestora permite abrir portas no ecossistema de empresas com forte DNA de inovação. “Temos hoje fundos de crédito que totalizam R$ 11 bilhões sob gestão e continuávamos em busca de um parceiro que nos ajudasse a identificar boas oportunidades no mercado de startups”, pontua.
A EXT Capital tem um processo de decisão independente da empresa-mãe. O objetivo é trazer a confiança dos relacionamentos construídos na gestora para se estabelecer como uma nova parceira em busca de investimentos para as startups, além de coinvestidora do ecossistema. As empresas atuarão de forma independente, embora atuem em parceria em alguns investimentos.