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Febraban: bancos querem investir R$ 47 bi em tecnologia este ano

Estudo mostra que, entre as prioridades de investimento está a segurança cibernética; cloud, IA e blockchain também foram citadas

Bancos
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Desde o surgimento das fintechs, o investimento em tecnologia tem sido parte fundamental da estratégia dos bancos tradicionais, e o montante destinado para esse fim tem crescido a cada ano. Em 2024, a estimativa é que os bancos gastem R$ 47,4 bilhões com investimentos e custeio de tecnologia, segundo dados divulgados pela federação que representa o setor, a Febraban.

O estudo mostra que, em oito anos, os bancos dobraram seus investimentos em tecnologia, passando de R$ 19,1 bilhões, em 2015, para R$ 39 bilhões no ano passado, uma alta de 104%. Caso o volume esperado para 2024 se confirme, esse aumento será de 148%. A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024 foi realizada pela Deloitte e calculada com base nos valores indicados pelos bancos participantes.

Entre as prioridades para a destinação desses recursos, a segurança cibernética foi citada por 100% dos bancos entrevistados. Para este ano, as instituições destacaram que o foco de investimentos está centrado em arquitetura, infraestrutura e ferramentas especializadas em estratégias para detecção e resposta a ameaças cibernéticas, gestão de identidades e acessos, treinamento e conscientização dos colaboradores, cloud security, testes de invasão e criptografia dos dados e informações.

Outras tecnologias que receberão investimentos por parte das instituições financeiras são Cloud, Inteligência Artificial, Blockchain e Drex (projeto de moeda digital do Banco Central), além da Computação Quântica.

“A pandemia acelerou o processo de digitalização da tecnologia bancária, juntamente com o nascimento do Pix, a implementação do Open Finance e, no momento, a chegada do Drex, resultando em uma maior oferta de produtos e serviços para nosso cliente. Tudo isto reflete nestas prioridades dos bancos para explorar novos formatos de atendimento e busca por excelência operacional”, afirma Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária.

De acordo com a pesquisa, os temas que serão priorizados são Experiência do cliente (83%), Inovações tecnológicas (71%), Personalização de produtos e serviços (63%), Segurança e privacidade de ponta (58%), Responsabilidade social e sustentabilidade (54%) e Ofertas integradas de ecossistema (54%).

Inteligência artificial

A inteligência artificial vem sendo utilizada por 54% dos bancos, segundo o relatório. Entre as aplicações mais usadas estão a biometria facial (75%), chatbot (71%), RPA (67%), IA Generativa (54%) e Inteligência Cognitiva (25%).

“Esta tecnologia tem o potencial de impulsionar a inovação e a produtividade, além de estimular a eficiência. A pesquisa indicou que, para os bancos que já implementaram a IA, a eficiência dos processos bancários se elevou a uma taxa média de 11%”, comenta Sergio Biagini, sócio-líder da Deloitte para a Indústria de Serviços Financeiros.

Para fazer frente a esse investimento em tecnologia, os bancos também aumentaram em 22% o número de contratações de trabalhadores especializados em tecnologia da informação, chegando a 45,3 mil profissionais da área. Desse total, a maior parte é de desenvolvedores.

Ainda para 2024, a intenção de 56% dos bancos é aumentar, a uma taxa média de 28%, a quantidade de profissionais atuando na área de TI, podendo chegar a 54,1 mil pessoas. Dentre as profissões mais demandadas, estão desenvolvedores, especialistas em segurança da informação, cientistas e engenheiros de dados, e especialistas em metodologias ágeis.