
A Figma elevou a faixa de preço de sua oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos nesta segunda-feira (28), em meio a um aumento de apetite dos investidores por ações de empresas de tecnologia, impulsionado pelos avanços em IA. A empresa de design colaborativo pretende precificar suas ações entre US$ 30 e US$ 32 cada – a faixa anterior era de US$ 25 a US$ 28.
Com isso, a companhia passa a mirar um valuation de US$ 18,8 bilhões, aproximando-se do valor de US$ 20 bilhões que havia sido acordado em 2022, quando a Adobe tentou adquirir a Figma antes de desistir do negócio em dezembro de 2023, devido a entraves regulatórios no Reino Unido.
O novo patamar de valuation reflete também os sólidos resultados financeiros da companhia. No trimestre encerrado em março de 2025, a Figma registrou receita de US$ 228,2 milhões, um crescimento de 46% em relação ao mesmo período do ano anterior, e lucro líquido de US$ 44,9 milhões, triplicando o desempenho anterior.
A expectativa é que a empresa comece a ser negociada na Bolsa de Nova York (NYSE) sob o código “FIG”, com Morgan Stanley, Goldman Sachs, Allen & Co. e JPMorgan liderando a operação.
Além dos bons números, a Figma vem intensificando sua presença global, e vê o Brasil como um mercado-chave nessa jornada. A empresa lançou neste ano a versão em português de sua plataforma e adicionou novos produtos ao portfólio, anunciou Dylan Field, CEO e cofundador do Figma, durante o Config 2025.
Nos últimos 12 meses, quase 5,5 milhões de novos arquivos foram criados por usuários brasileiros, com uma média de mais de 85 mil edições por dia. A empresa já conta com uma base sólida de clientes no país, atendendo nomes como Nubank, Mercado Livre, Itaú Unibanco, Sicredi, Totvs e BTG Pactual. Atualmente, mais de um terço das companhias listadas no Ibovespa utilizam a plataforma em suas operações, segundo dados do próprio Figma.