
O Agibank, banco digital criado para democratizar o acesso a serviços financeiros no Brasil, com foco no público de baixa renda, acaba de concluir sua primeira emissão de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), no valor de R$ 2 bilhões. A operação atraiu 20 investidores institucionais.
De acordo com o Agibank, os recursos serão utilizados ao longo dos próximos 10 anos para ampliar suas operações de crédito. O novo fundo, estruturado a partir de contratos de crédito consignado originados pelo banco, representa mais um movimento da instituição rumo à meta de atingir R$ 100 bilhões em carteira de crédito até 2030.
O Pipeline reportou que a operação despertou grande interesse do mercado, com uma demanda três vezes maior do que a oferta. Com índice de Basileia de 14%, acima dos 11% exigidos pelo Banco Central, o banco segue investindo na diversificação das suas fontes de financiamento para sustentar o crescimento planejado.
A notícia chega apenas semanas depois de o Agibank captar US$ 75 milhões (mais de R$ 400 milhões) junto à International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial. A empresa justificou a operação com seus planos de expandir a concessão de crédito a beneficiários do INSS, com foco em segmentos vulneráveis como pessoas idosas, mulheres e indivíduos de baixa renda.
Em maio de 2025, a fintech registrou resultados recordes, impulsionada por um avanço contínuo na carteira de crédito e pelo aumento no valor das aposentadorias no início do ano. O lucro líquido do trimestre teve alta de 62,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 350,5 milhões. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão.
A carteira de crédito do Agibank atingiu R$ 27 bilhões, o que representa um crescimento de 52,4% na comparação anual. O avanço foi impulsionado, sobretudo, pelas modalidades de crédito com garantia, segmento que sempre esteve no centro da estratégia da fintech desde sua criação. Atualmente, financiamentos com colateral correspondem a 83% do portfólio de crédito da instituição.
Para Glauber Correa, CEO do Agibank, os números positivos são resultado da estratégia implementada nos últimos anos, com foco na jornada do cliente – desde a forma como o crédito é ofertado até o fortalecimento das operações nas unidades físicas.
Em dezembro de 2024, a fintech levantou R$ 400 milhões com a Lumina Capital, alcançando uma avaliação pós-money de R$ 9,3 bilhões. Segundo o Brazil Journal, naquela época, o banco já havia iniciado um processo para selecionar um sócio estratégico que agregasse conhecimento e auxiliasse na condução da próxima fase de expansão, além de preparar a empresa para um possível IPO nos anos seguintes.