Dois anos depois de captar R$ 7 milhões em um aporte seed, a startup de crédito para habitação popular Alpop está novamente encarando o mercado para captar uma nova rodada de recursos. Entretanto, desta vez a empresa quer captar de forma diferente, ao abrir uma oferta pública no valor de R$ 1,2 milhão com a Captable.
Segundo destacou a fintech em nota, o plano com a nova rodada é o de acelerar na parte de impacto social, investindo em novas soluções acessíveis e inovadoras para clientes de baixa renda. Com a injeção de capital, a Alpop planeja implementar projetos que ampliem seu alcance social, incluindo iniciativas de educação financeira e programas de apoio a inquilinos em situação de vulnerabilidade. A startup também pretende investir em parcerias com ONGs e entidades governamentais.
Com mais de 300 imobiliárias parceiras em todo o Brasil, a startup já impactou mais de 10 mil famílias, atingindo no ano passado uma receita bruta de R$ 3,5 milhões – crescimento de 63% em relação ao ano anterior.
De acordo com o CEO da empresa, Caio Belazzi, o aporte ajudará a companhia em sua meta de triplicar o número de contratos ativos da companhia até o final de 2025, chegando a 13 mil. Atualmente, a companhia tem aproximadamente 4,3 mil contratos em vigência.
Além disso, a startup pretende ampliar sua rede de parcerias para 600 imobiliárias até o final de 2024, dobrando sua capacidade de atendimento e impacto social. “Queremos ser mais do que uma solução tecnológica; nosso objetivo é causar um impacto positivo na sociedade, oferecendo moradia digna e segura para todos”, destacou Caio.
“A Alpop representa um avanço significativo no setor de locação, trazendo inovação e acessibilidade para um segmento historicamente negligenciado. Faz parte da missão da Captable apoiar e proporcionar meios de contribuir para o crescimento de startups com fortes propósitos como a desta rodada”, completa Paulo Deitos, CEO da Captable.
A Alpop atua como “a melhor amiga” de imobiliárias e inquilinos. Enquanto a imobiliária faz toda a gestão do contrato de locação e vistorias, a fintech fica responsável pela gestão financeira, incluindo a emissão de boleto ao inquilino. A Alpop cobra um percentual que varia de 5% a 12% do valor do pacote, conforme perfil, além de proteger o repasse mensal dos aluguéis às imobiliárias e locadores, mesmo que os inquilinos não tenham quitado naquele mês.
O público alvo da empresa são milhões de negativados, trabalhadores informais, autônomos e estudantes, que têm condições de alugar uma moradia, mas por não conseguirem comprovar renda, acabam sendo barrados pelo sistema convencional das imobiliárias.
A última captação da Alpop tinha sido em junho de 2022, quando levantou R$ 7 milhões em uma rodada seed liderada pela Smart Money Ventures e o K-Pool, grupos de investidores liderados por Fábio Póvoa e Cesar Bertini, respectivamente. Também investiram a Lello, Caju Capital Social e Lucas Vargas, ex-Grupo ZAP e CEO da Nomad.