Fintech

Bloxs quer levar funding a PMEs com Capital Markets as a Service

Planos da fintech para o ano que vem também incluem uma rodada de investimentos Série A, que pode chegar a US$ 20 milhões

Liderança da Bloxs: Gustavo Strauch (COO), Felipe Souto (CEO) e Eliel Simoncelo (CTO). Foto: Divulgação
Liderança da Bloxs: Gustavo Strauch (COO), Felipe Souto (CEO) e Eliel Simoncelo (CTO). Foto: Divulgação

A dificuldade de captação de recursos por parte de pequenas e médias empresas é uma oportunidade que tem chamado a atenção do mercado de capitais. Para atender a essa nova demanda, a Bloxs está se preparando para lançar, em 2025, uma solução de Capital Markets as a Service que conecte fundos a boutiques de investimentos.

“O mercado hoje vive um movimento de descentralização, impulsionado pelo crescimento das redes e fundos de investimento estruturados. Nós nascemos há sete anos já vislumbrando essa digitalização do mercado e agora queremos fornecer a infraestrutura regulatória e tecnológica para que as pequenas e médias empresas possam acessar o mercado de capitais, conectando as boutiques que assessoram essas empresas aos investidores institucionais”, explica Felipe Souto, CEO da Bloxs.

Os planos da fintech para o ano que vem também incluem uma rodada de investimentos Série A, que pode chegar a US$ 20 milhões. Atualmente, a Bloxs tem entre seus investidores nomes como a DOMO.VC, em 2020, e do corporate venture capital (CVC) do BS2.

O banco digital anunciou em maio deste ano que esse aporte se deu por meio de uma estrutura de dívida conversível e que envolveu a recompra de participações de sócios de saída e anjos, que deixaram a base de investidores. O objetivo, segundo o BS2, era justamente preparar a empresa para a Série A.

Com o serviço de Capital Markets as a Service, a Bloxs quer ajudar as pequenas e médias empresas a conseguirem financiamentos para projetos, por meio de instrumentos como Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e debêntures, com ticket médio de R$ 30 milhões por papel.

A primeira camada da jornada é uma plataforma white label, usada pelas boutiques de investimento para estabelecer essa conexão com as empresas. Na conexão com os investidores, a infraestrutura usada é a da Bloxs.

“Quem ganha escala com o nosso serviço são as boutiques que estão plugadas aqui dentro. Não falta contato dessas assessorias com o mercado, falta a infraestrutura, que é o que oferecemos. Queremos ser para elas o que a XP foi para os agentes autônomos”, diz Felipe.