Quando os irmãos Diego e Piero Contezini fundaram a Asaas em 2014, em Joinville (SC), se propuseram a focar em um crescimento sustentável e responsável, estratégia que deu muito certo ao longo dos anos. Depois de fechar o 1º trimestre com faturamento mais de 100% maior que no mesmo período de 2022, a fintech mira encerrar 2023 com receita recorde de R$ 230 milhões.
Segundo Piero, cofundador e presidente da startup, alguns fatores foram cruciais para o crescimento da Asaas no último ano, diante de um cenário econômico desafiador. O reposicionamento da marca, por exemplo, foi um dos principais contribuintes para a expansão.
“Antes, o nosso foco era em empreendedores individuais e autônomos, e conforme fomos crescendo, começamos a ofertar uma conta bancária completa para PJ, com uma série de funcionalidades únicas, o que demandou um novo posicionamento. Além disso, temos apostado cada vez mais em novos canais de aquisição tanto online quanto offline”, afirma Piero.
Os números expressivos de faturamento divulgados com exclusividade ao Startups vêm acompanhados de um crescimento no número de novos clientes e no volume de transações. Após dobrar o volume total de pagamentos (TPV) no ano passado, a expectativa é chegar a mais de R$ 20 bilhões ainda este ano. Com relação ao número de clientes, este saltou mais de 61% em 1 ano, de 73 mil em maio de 2022 para 118 mil no mesmo mês de 2023.
Estratégias para continuar a crescer
Para suportar todo este crescimento, o Asaas já investiu mais de R$ 2 milhões em P&D nos primeiros meses deste ano, a fim de garantir escala de tecnologia nas soluções atuais e aumentar as opções de uso com novos produtos que serão lançados ainda em 2023, a maior parte deles focados em crédito para empresas.
Dentre as novidades estão parcerias com outras empresas, uma série de melhorias em seu produto de banking as a service (BaaS), além da oferta de novas modalidades de financiamento aos clientes e emissão de cédulas de crédito bancário (CCB).
“No Asaas, possuímos metas bem ambiciosas, mas as tratamos de forma muito responsável. O nosso objetivo a longo prazo é alcançar receita de R$ 1 bilhão e bater a marca de 1 milhão de clientes até 2025. Olhando nossos números e projetando um crescimento consistente até lá, com certeza o alcançaremos”, finaliza Piero.
Desde o lançamento, a fintech já recebeu investimentos de mais de R$ 90 milhões, incluindo R$ 37 milhões liderados pelo fundo Inova Ventures, do Bradesco, em 2020, além de ter adquirido duas startups: Base e Code Money. Ainda de acordo com Piero, para este ano está previsto um novo aporte financeiro, a ser revelado em breve.