A Jeeves já é uma fintech de presença consolidada em outros mercados latinos, especialmente no México. Contudo, há pouco tempo no Brasil, agora a startup está estabelecendo a base para impulsionar seu crescimento em terras canarinhas. Para contribuir com essa estratégia, a empresa acabou de levantar uma linha de crédito de US$ 75 milhões.
A captação foi feita junto à Community Investment Management (CIM), gestora de investimentos com foco em impacto global ativamente investindo na América Latina. Com a nova linha de crédito da CIM, a Jeeves pretende intensificar a expansão de sua solução de pagamento Jeeves Pay e outras ofertas de produtos chave nos mercados estratégicos da América Latina (Brasil, Colômbia e México).
“No Brasil estamos lançando um novo produto de crédito, que ainda está em beta, mas que não é só para cartões, mas também para a conta. Como ele, usuários podem fazer pagamentos via PIX e TED, utilizando um limite dado pela Jeeves“, explica Brian Siu, general manager LatAm da Jeeves, em entrevista ao Startups.
De acordo com o executivo, esta expansão da solução de pagamentos atende a uma importante demanda local, em que muitas empresas utilizam TED e PIX para pagar fornecedores. Mais de 60% dos clientes da Jeeves no Brasil identificam o acesso ao crédito como um grande desafio para suas operações.
“Nossa expectativa é no curto prazo chegar a pelo menos 25 milhões em crédito concedido no Brasil”, explica Brian, dizendo que esta meta de curto prazo ainda é inferior à estimada para o México, onde a Jeeves atende a uma base maior de clientes. Entretanto, ele revela que o Brasil tem tudo para ser o protagonista na estratégia da fintech daqui a pouco tempo.
2025 é o ano
Conforme explica Brian, a Jeeves ainda está em meio a um processo de ajuste no Brasil, no sentido de otimizar sua oferta e soluções para atender os clientes brasileiros. Depois disso, de acordo com o executivo, virá o momento de crescer agressivamente.
“Agora a curto prazo o plano é expandir a equipe local, investir em um time de gerentes e tropicalizar ainda mais o produto”, afirma Brian, que mudou recentemente a sua base para São Paulo para acompanhar de perto esse trabalho de consolidação da fintech por aqui.
Brian admite que a companhia ainda não tem o pacote completo para concorrer com outras startups de pagamentos corporativos que já possuem uma suíte abrangente de serviços. “Temos também que agregar pagamento via boleto. É muito importante para ter uma solução completa, e esse ano já devemos tê-la”, pontua.
Outro plano da fintech, conforme já tinha adiantada ao Startups no fim do ano passado, quando a empresa completou um ano no Brasil, é o de implementar camadas diferenciadas de gestão e de funcionalidades bancárias, tudo isso sob um ponto de vista cross-border, algo que muitas fintechs locais ainda não estão abordando, e a maioria das empresas ainda recorrem ao sistema bancário tradicional.
Segundo a própria Jeeves, 2024 é o “passo um” para consolidar sua presença no Brasil da mesma forma que em outros países como Colômbia e México. “Acho que nosso grande ano no Brasil será 2025, quando vamos falar de números mais agressivos e uma oferta mais completa. Esse ano vamos investir e semear o crescimento de 20 vezes que esperamos para o futuro”, finaliza.