Fintech

CondoConta capta mais R$ 72M e soma R$ 100M em aportes em 2023

Com rodada série A, fintech pretende se consolidar liderança como banco exclusivo para condomínios e desenvolver produtos

Rodrigo Della Rocca, CEO do CondoConta
Rodrigo Della Rocca, CEO do CondoConta (Divulgação)

Cerca de 1 mês depois de anunciar sua captação de R$ 30 milhões, o CondoConta já tem mais gasolina no tanque. A fintech, que atua como banco exclusivo para condomínios de todo o Brasil, recebeu uma rodada série A de R$ 72,3 milhões, feita pelos novos investidores SYN Proptech, Endeavor Scale-Up e Terracotta Ventures, além dos já investidores Redpoint eVentures e Igah Ventures.

Segundo o CEO Rodrigo Della Rocca, o aporte será usado em duas frentes. Primeiro, para consolidar a empresa como líder de seu setor entre os condomínios brasileiros, acelerando o crescimento da companhia em grandes regiões. E também para desenvolver produtos e serviços com foco na integração com os administradores e os sistemas de gestão condominial. 

“As prioridades são consolidar a liderança como principal banco condominial em regiões estratégicas, multiplicando 3x a abertura de novas contas pelo lançamento das integrações nativas com os maiores sistemas de gestão condominial (ERPs) e administradoras do país”, afirma o executivo.

Embora esteja sendo anunciada só agora, a série A foi realizada meses antes da rodada de R$ 30 milhões da EXT Capital. “Estamos divulgando somente agora devido aos prazos de NDA com alguns envolvidos”, explica Rodrigo. Os cheques levantados pelo CondoConta em 2023 somam mais de R$ 100 milhões – um volume que já seria significativo em momentos de bonança no mercado, mas que se torna ainda mais expressivo nas condições ainda pouco favoráveis para as startups em relação à oferta e ao apetite de investimento dos VCs.

C-Levels da CondoConta: Rafael Gonchor, CTO; - Luciano Bernardi, CFO; - Rodrigo Della Rocca, CEO; - Rodrigo Borer, CRO; - Marcelo Cruz, COO
Rafael Gonchor (CTO), Luciano Bernardi (CFO), Rodrigo Della Rocca (CEO), Rodrigo Borer (CRO) e Marcelo Cruz (COO)
(Foto: Divulgação)

Esse é o sétimo investimento recebido pela fintech em sua história. Em 2021, foram duas rodadas de equity com aportes da Redpoint eVentures em conjunto com a Darwin Startups, e da Igah Ventures. Os investimentos somam R$ 22,6 milhões. Em 2022, a startup conquistou dois Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) – um com a Empírica e outro com a Galápagos, nos valores de R$ 20 milhões e R$ 50 milhões, respectivamente. Os recursos foram utilizados para emprestar aos condomínios que desejavam realizar melhorias ou resolver sua inadimplência garantindo os recebíveis.

Como garantir que o crescimento sustentável acompanhe o crescimento acelerado do negócio? De acordo com Rodrigo, a startup vem aumentando a base de clientes e o faturamento de forma relevante a cada trimestre. “O CondoConta ainda tinha recursos do seed round em caixa quando efetivou a série A. Em seus três produtos, dois deles já apresentam resultado positivo com alta margem. O nível de aceleração, conquista de mercado somado à visão de geração de caixa representa a opção de alavanca que está totalmente nas mãos da companhia”, pontua.

O CondoConta tem 400 mil condôminos usuários distribuídos pelo país e, recentemente, ultrapassou a marca de R$ 650 milhões em transações em seu banco. A fintech também viu o produto Receita Garantida, que faz a garantia dos valores das cotas condominiais aos síndicos enquanto facilita o pagamento para os condôminos, crescer 180% e forneceu mais de R$ 150 milhões em crédito condominial e financiamentos.

A projeção para o próximo ano é chegar a 1 bilhão em movimentações e depósitos. “Desde o lançamento do CondoConta na pandemia, os números de aquisição de novos condomínios e administradoras usando CondoConta vem se multiplicando a cada trimestre. A gente pretende mais do que dobrar os depósitos e crédito condominial, triplicando a base de condomínios clientes em 2024″, finaliza Rodrigo.