Cora | Foto: Divulgação
Igor Senra, fundador e CEO da Cora | Foto: Divulgação

Para a Cora, ser uma fintech focada em pequenas e médias empresas é apenas uma parte da jornada. Segundo a startup, o objetivo é apoiar clientes em sua trajetória de crescimento — e, para isso, ela está lançando um ecossistema de parceiros de benefícios.

Chamada de Central de Benefícios, a novidade consiste em uma rede de parceiros conectada à fintech B2B, oferecendo descontos e vantagens em soluções complementares aos serviços financeiros já oferecidos pela startup. A primeira lista de parceiros inclui a assistente de vendas Base de Clientes, a edtech Descomplica, a startup de benefícios flexíveis Flash, a proptech de locação comercial Sua Quadra e o ERP vhsys.

Segundo o fundador e CEO da Cora, Igor Senra, a central nasce como um movimento para atender às necessidades dos empreendedores de forma completa e personalizada, reunindo empresas de diferentes setores que foram selecionadas a dedo pela fintech.

“Estava muito claro que podíamos ir além dos serviços financeiros para ajudar nossos clientes, pois muitos deles ainda estão iniciando sua jornada de digitalização. Vimos que podíamos atuar até como uma espécie de curadoria, entregando soluções para auxiliar a nossa base nessa transição”, afirma Igor.

Apesar de não abrir números de expectativa de adesão aos serviços da central, Igor acredita que grande parte dos 1,5 milhão de PMEs na base da Cora venha a utilizar pelo menos alguma das soluções. E o interesse das startups em participar também é alto. “Já temos diversas outras startups na fila para fazer parte desse ecossistema”, completa o CEO.

O retorno sobre a iniciativa, segundo Igor, está no sucesso dos clientes. Mais do que uma ação para reter usuários — algo comum entre operadoras de telefonia como a Vivo —, a central de benefícios também pode gerar impacto direto no faturamento da Cora.

“Com estas soluções, estamos ajudando nossos clientes a serem mais eficientes e a obter mais sucesso. Com isso, elas transacionam mais e utilizam mais os serviços da Cora”, explica o CEO.

Como foi o 2025?

Conforme explica Igor, 2025 chega ao fim como um período de consolidação para a Cora, uma fase em que a fintech amadureceu de olho em novos saltos de crescimento. No ano passado, a companhia anunciou seu breakeven, depois de um 2023 em que teve de fazer cortes em sua operação.

“A Cora cresceu bastante este ano, mas de forma lucrativa”, disse Igor, sem abrir números. Entretanto, ele afirma que, com a maturidade de novos produtos em áreas como crédito (resultado de uma autorização do Banco Central recebida no ano passado), a companhia manteve resultados positivos todos os meses desde então.

Com o quadro positivo, o CEO afirma que a empresa está pronta para entrar em um novo ciclo de expansão, e sem voltar a depender do mercado de capitais. “A beleza do momento que a gente está é essa: a gente pode não precisar mais de capital. Isso tira uma pressão, meu amigo, você não tem noção”, diz o CEO.

A operação pode estar mais “leve”, mas Igor afirma que não descarta a possibilidade de novos investimentos. “A gente está sempre em contato com o mercado. Mas o grande negócio é fechar a cara e executar. Tá tudo do nosso lado, a gente não precisa de nada do lado de fora.”