A CUB, fintech voltada à gestão de recebíveis no mercado imobiliário, anunciou a captação de R$ 30 milhões em uma rodada Série A. O investimento foi liderado pela Alexia Ventures e pela Upload Ventures, e tem como objetivo acelerar a operação da empresa, que pretende multiplicar por dez sua base de clientes até 2026.
Fundada em 2022 por Leonardo Gasparin, Fábio Coutinho, Thais Matoszko e Lucas Zago, a CUB oferece em uma única plataforma automação de cobrança, conciliação bancária, business intelligence e crédito.
A solução apoia loteadoras e incorporadoras na gestão de contratos e processos financeiros, atuando em três frentes centrais do setor: redução da inadimplência e melhoria do fluxo de caixa, com maior controle de cobranças e pagamentos; governança, por meio da digitalização de dados e do relacionamento com o cliente final; e acesso a crédito, viabilizado pela CUB Capital, que possibilita a antecipação de recebíveis.
Segundo Gasparin, a CUB já processou mais de R$ 600 milhões em transações, distribuídos em 400 projetos imobiliários e 77 mil contratos no Brasil. Os resultados também aparecem no desempenho dos clientes: em 2024, empreendimentos que adotaram a plataforma reduziram a inadimplência em 50%, e 85% registraram a maior arrecadação mensal do período. Desde sua criação, a fintech recuperou R$ 48 milhões em valores atrasados há mais de 60 dias.
“Temos uma solução robusta que tem gerado impacto relevante no setor pela transparência e eficiência que oferece para a gestão de recebíveis. Agora, vamos acelerar o crescimento, ao mesmo tempo em que agregamos mais soluções ao produto”, afirma o executivo, em nota.
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Os recursos captados serão direcionados a três frentes: expansão para estados estratégicos, aprimoramento do produto com integração a novos ERPs e fortalecimento da vertical de crédito CUB Capital. A empresa pretende atingir mais de mil projetos imobiliários até 2026.
Com essa rodada, a CUB supera R$ 43 milhões em aportes desde 2022, contando com investidores como TerraCotta Ventures e os cofundadores do iFood, Patrick Sigrist e Guilherme Bonifácio.
A chegada de novos investidores reforça o potencial de crescimento da fintech, aponta Rodrigo Baer, General Partner da Upload Ventures: “A CUB está posicionada para entrar no vasto e pouco explorado mercado de financiamento imobiliário no Brasil, uma oportunidade que se alinha fortemente à nossa tese macro sobre o potencial de longo prazo do setor”, pontua.
Para Bianca Martinelli, General Partner da Alexia Ventures, a CUB ataca um gargalo importante em um setor pouco digitalizado. “A infraestrutura [que eles estão construindo] é peça-chave para promover mais governança e controle no setor imobiliário, ajudando a desbloquear o acesso a crédito em um setor que o mercado financeiro ainda tem muita dificuldade para financiar devidamente”, avalia.
