Fintech

EmpreX levanta R$ 11 mi para escalar empréstimo pessoal à classe média

Fintech vai investir pesado em marketing e tecnologia, além de expandir sua oferta de crédito

Foto: Canva
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A EmpreX, fintech de crédito pessoal fundada pelo suíço Silvan Roth, se prepara para alavancar o negócio criado em 2020. A estratégia será suportada por um pomposo seed de R$ 11 milhões aportado por um grupo de investidores anjos internacionais. 

A rodada foi liderada por Jason Nassof, ex-Goldman Sachs, que se junta ao time da EmpreX como co-fundador e diretor financeiro (CFO). Quem também participou do aporte foi Hugo Mathecowitsch, fundador e CEO da a55.

Segundo Silvan, fundador e CEO da fintech, a maior parte dos recursos será investida em tecnologia e na contratação de mais engenheiros. A startup também investirá em branding e marketing para tornar a marca ainda mais conhecida.

“Neste ano, adicionaremos novas funcionalidades à nossa solução digital, como a extração de insights adicionais dos novos dados do Open Banking, além de expandirmos a oferta de empréstimos, incluindo aqueles garantidos pelo INSS, pelo FGTS e os sem garantia, para reduzir ainda mais os custos médios dos mesmos”, conta Silvan ao Startups.

Os cofundadores da EmpreX: Sebastian Becker (CTO), Silvan Roth (CEO) e Bruno Vanucci (COO) (Foto: Divulgação)
Os cofundadores da EmpreX: Sebastian Becker (CTO), Silvan Roth (CEO) e Bruno Vanucci (COO) (Foto: Divulgação)

Tecnologia aliada ao Open Banking

A EmpreX faz uma análise de risco mais minuciosa da saúde financeira de cada indivíduo a partir da tecnologia que desenvolveu. Ela explora a nova infraestrutura de compartilhamento de dados do Open Banking, para extrair indicadores adicionais dos extratos bancários e, assim, oferecer empréstimos com juros mais baixos.

Quando se cadastra no site, a pessoa interessada no empréstimo conecta suas principais contas ao serviço. Com o acesso a esses dados, é feita uma análise sobre a situação financeira e a capacidade de pagamento. Depois dessa avaliação de fluxo de caixa, por assim dizer, é gerada uma proposta de empréstimo.

“A maioria dos trabalhadores brasileiros da classe média não consegue utilizar um carro ou imóvel como garantia, para reduzir o risco do empréstimo. Isso cria uma grande demanda não atendida por empréstimos com taxas acessíveis”, pontua Silvan, acrescentando que o atual cenário macroeconômico traz oportunidades para que fintechs bem capitalizadas, que entregam produtos mais atrativos e menos burocráticos ao consumidor, conquistem uma fatia relevante do mercado.

A EmpreX possui atualmente 70 mil usuários registrados em sua plataforma e mais de mil mutuários (recebedores de empréstimos). Até o momento, a fintech concedeu R$ 5 milhões em empréstimos. A expectativa da startup é chegar a R$ 100 milhões concedidos para 20 mil mutuários até o fim do ano.