O Banco Central autorizou o grupo FitBank, especializado em soluções de Banking as a Service (BaaS), a operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD).
A nova operação terá o nome de EasyCrédito, mesmo nome da fintech do segmento que o FitBank adquiriu em 2022. A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (20).
Segundo Tulio Cohn, diretor jurídico e corporativo do FitBank, a licença adicional permitirá à fintech realizar, entre outras operações, processos de bancarização, além de emitir suas próprias Cédulas de Crédito Bancário (CCBs).
“Com isso, estamos ampliando nossa atuação e fortalecendo sua oferta de serviços para o mercado de capitais e concessionárias de serviços públicos”, destaca o executivo.
Segundo dados do próprio FitBank, a empresa processa atualmente mais de R$ 20 bilhões ao mês, atuando no mercado brasileiro e outros na América Latina, como México e Guatemala.
“Em 2024, a fintech processou mais de 1,3 bilhão de transações para 200 grupos econômicos que, por sua vez, servem a mais de 100 milhões de usuários finais em 18 diferentes setores da economia”, destaca a companhia, em nota.
No auge do venture capital no Brasil, o FitBank esteve “na crista da onda” de investimentos, atraindo nomes como J.P. Morgan, que aportou um valor não divulgado na companhia em 2020. Um ano depois, foi a vez da brasileira CSU investir, assinando um cheque de R$ 30 milhões para a fintech.
Por outro lado, o mercado onde o FitBank atua anda cada vez mais acirrado, com concorrentes também capitalizados. Só no último ano, nomes como Celcoin e QI Tech levantaram rodadas graúdas para brigar nessa arena. A Celcoin captou R$ 650 milhões com a Summit Partners em junho passado. Pouco antes, em abril, a QI Tech estendeu em US$ 50 milhões a sua série B de US$ 200 milhões com a General Atlantic e virou unicórnio.