Fintech

Liquido é autorizada para operar pagamentos no Brasil

Com aval do Banco Central, fintech do Vale do Silício quer acelerar seu portfólio de soluções no Brasil, incluindo suporte ao Drex

Uma pessoa segurando um celular com o escrito payment success - Startups

A Liquido, fintech sediada nos EUA e fundada por cidadãos chineses, acaba de obter licença do Banco Central para operar como instituição de pagamento no Brasil.

A startup, que já operava no país há cerca de dois anos oferecendo soluções básicas de conectividade e infraestrutura para pagamentos online, agora poderá ampliar a sua oferta de serviços. “Essa licença nos permitirá atingir todo o nosso potencial”, revela MK Li, um dos fundadores da fintech.

Segundo destacou o site Contxto, a nova licença ajudará a Liquido a atender seus clientes diretamente, e tem um viés de longo prazo, inclusive com soluções que ainda estão para ser implementadas no mercado brasileiro. Segundo a fintech, há uma grande expectativa pela aprovação do Banco Central para que a plataforma opere sua solução de e-commerce dentro do WhatsApp. Apesar da Meta ter seu recurso de pagamentos dentro do app, a solução da Liquido (chamada Payment Plus) tem a capacidade de operar sem essa dependência.

Além do WhatsApp, a Liquido está apostando alto em produtos para a América Latina. Fora do sistema dos grandes bancos, a plataforma já é uma das principais plataformas de transações do Pix, e também se prepara para aceitar a nova moeda digital Drex em suas transações.

Com sede em Mountain View, no Vale do Silício, a Liquido conta com cerca de 100 funcionários, metade deles residentes na China. Segundo dados divulgados no começo do ano, a Liquido opera no Brasil com cerca de 15 funcionários, liderados por Feng Bo, chinês radicado no país há mais de 15 anos. No mercado brasileiro, o maior cliente da fintech é a Kwai, plataforma de vídeos rival do TikTok.

Em 2021, logo antes de entrar no mercado brasileiro, a Liquido reforçou seu caixa com duas rodadas, levantando um total de US$ 26 milhões junto a fundos como Index Ventures, Base Partners, Restive Ventures, Mantis VC e UpHonest Capital.

Entretanto, a concorrência no mercado de pagamentos aqui é complicada, disputando com unicórnios como a brasileira Ebanx e a uruguaia DLocal.

Para 2024, a companhia tem a expectativa de fazer novas captações, mas está aguardando um momento mais oportuno de mercado para isso e espera alcançar números mais atrativos para os investidores. De acordo com a fintech, a partir do segundo semestre do ano que vem o plano é já operar no breakeven.