Fintech

Payssego traz ao Brasil salário sob demanda via WhatsApp

Fintech quer tropicalizar serviço popular nos EUA e Reino Unido, que permite sacar valor sobre os dias trabalhados

Foto: Divulgação
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Os serviços sob demanda não param de crescer, principalmente devido à sua dinâmica e personalização. Depois dos vídeos e músicas “on demand”, e até a contratação de líderes neste modelo, surge no Brasil o salário sob demanda. Quem está trazendo ao país essa nova forma de controle financeiro aos trabalhadores e simplificação de vida para RHs é a fintech Payssego.

Fundada pelo empresário francês Antoine Fougeat (ex-Decathlon) e o brasileiro Leandro Borges (ex-iFood), a startup chega ao mercado com o apoio de um pré-seed de R$ 1,5 milhão vindo de um grupo de quatro investidores anjos, cujos nomes não foram revelados. Em tempo, o nome Payssego vem de “pay”, por ser uma empresa de pagamentos, e do sossego que a fintech quer oferecer aos trabalhadores brasileiros ao antecipar parte do salário de acordo com os dias trabalhados.

A ideia da fintech é tropicalizar o modelo de salário sob demanda que há uma década se popularizou nos EUA e Reino Unido. A tecnologia criada pela startup é integrada ao software de folha de pagamento e ao relógio de ponto da empresa cliente. Pelo WhatsApp, o colaborador solicita à IA da Payssego um valor antecipado de seu salário (referente às horas já trabalhadas de determinado mês), a qualquer hora do dia, e recebe em sua conta via Pix em alguns segundos.

Para as empresas contratantes, a implementação da solução é gratuita. Já para o colaborador, há a cobrança de um valor fixo de R$ 9,90 para cada resgate que ele solicita. A fintech antecipa o valor pedido por um funcionário e, todo dia 5, a empresa contratante devolve à Payssego o total repassado aos seus colaboradores em um mês. As transações são feitas em parceria com o Stark Bank.

“A proposta da Payssego é oferecer uma solução para que esses funcionários possam utilizar seus recursos para atender às suas necessidades financeiras rotineiras ou eventuais emergências, sem precisar recorrer a crédito caro logo de cara”, destacou Leandro Borges, co-fundador e CFO da Payssego, durante coletiva de imprensa realizada nesta terça (7).

Embora o pioneirismo da solução no Brasil seja algo atraente e inovador, os fundadores da Payssego ressaltaram que têm consciência sobre os desafios a serem enfrentados para conquistar mercado. O principal deles, segundo Leandro, é mudar o mindset dos RHs das empresas para apostar em uma nova categoria de benefícios. Convencê-los sobre as vantagens do salário sob demanda e sobre a segurança nas transações.

Educação financeira

Além da oferta de salário sob demanda, a fintech ainda disponibiliza uma plataforma gratuita de gestão para finanças pessoais com consultoria personalizada, para promover educação e responsabilidade financeira aos beneficiários, contribuindo para uma autogestão mais saudável e eficaz das finanças pessoais. Os colaboradores têm acesso a uma videochamada de 30 minutos gratuita com especialistas do setor financeiro. Para uma consultoria maior, o serviço passa a ser cobrado, de acordo com a demanda.

A expectativa da Payssego para seu primeiro ano de operação é atingir R$ 40 milhões em valor transacionado na solução mensalmente, expandindo a base de clientes para duas mil empresas e impactando diretamente 150 mil vidas com suas soluções.

“Enquanto as empresas permanecem presas em modelos de pagamento antiquados, que pouco evoluíram nas últimas décadas, a Payssego está pavimentando o caminho para uma abordagem mais moderna e eficiente. Acreditamos que cada profissional tem o direito de ter controle sobre suas finanças e acesso rápido aos seus ganhos. Com a Payssego, estamos transformando essa visão em realidade”, acrescentou o fundador e CEO, Antoine Fougeat.