Fintech

PlayBPO recebe aporte da Bossa Invest com solução de BPO financeiro

Aporte contou com coinvestimento da DOMO.VC, a rede de anjos da ACATE e follow-on da fintech Conta Azul

PlayBPO
PlayBPO (Foto: Canva)

A PlayBPO é a mais nova investida da Bossa Invest. A startup catarinense, especializada no segmento de gestão financeira, recebeu um aporte de valor não divulgado para evoluir a solução e avançar a integração com plataformas financeiras. A rodada contou com coinvestimento da DOMO.VC, da RIA (Rede de Investidores Anjo, uma parceria entre a Anjos do Brasil e a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE)) e follow-on da Conta Azul.

“Temos a meta de proporcionar ao profissional de BPO Financeiro uma jornada de trabalho com menos digitação e com mais automação”, afirma o CEO da PlayBPO, José Marques. Para isso, a fintech vai, além de melhorar o produto e integrar novos sistemas financeiros e complementares, estruturar a equipe com pessoas experientes no mercado. “Entendemos que o atendimento humanizado com foco no sucesso do cliente é vital para o que acreditamos como empresa de impacto”, avalia o executivo.

Sem abrir números específicos, José afirma que a projeção é aumentar a base de clientes em 300% até o fim do ano. “Temos o privilégio de co-criar a nossa solução com a participação ativa dos clientes, e queremos priorizar a entrega das sugestões recebidas. Vamos fortalecer o time com contratações estratégicas e, quanto ao mercado, consolidar nossa referência e contribuição com a evolução da indústria do BPO Financeiro”, pontua.

Fundada em 2020 por Lázuli Santos e José Marques, a PlayBPO oferece uma plataforma completa de gestão de tarefas para BPO financeiro, permitindo uma administração operacional mais eficiente e automatizada da área financeira. De um lado, a companhia apoia os prestadores de serviços de BPO Financeiro e, do outro, micro e pequenas empresas que passam a ser atendidas por estes profissionais. O principal público-alvo da startup são as empresas contábeis, que podem incluir o serviço em seu portfólio, além de consultores financeiros empresariais que passam a oferecer o serviço e ganham em receita recorrente.

Este não é o primeiro aporte da PlayBPO. A companhia já havia recebido um investimento inicial de valor não revelado da fintech Conta Azul e da RIA. Além disso, a empresa conta com apoio do programa Black Founders Fund, iniciativa do Google for Startups que investe em negócios fundados ou liderados por pessoas negras.

Lázuli Santos e José Marques, fundadores da PlayBPO
Lázuli Santos e José Marques, fundadores da PlayBPO (Foto: Divulgação)

Parceiros de peso

Segundo Paulo Tomazela, CEO da Bossa Invest, a fintech atua em um mercado promissor no Brasil. “O BPO financeiro realmente tem potencial de crescimento. Temos 1,5 mil startups investidas e sabemos que essa é realmente uma dor das pequenas empresas, principalmente aquelas que estão começando e nenhum dos sócios entende muito de finanças”, avalia o executivo. Ele destaca que a experiência do time fundador da PlayBPO e os resultados alcançados pela empresa até o momento também atraíram a Bossa Invest a realizar o investimento.

“A Bossa possui um time especialista em ajudar as startups do portfólio a crescerem. Desde a captação das melhores startups para investimento até o exit, cada analista se dedica ao crescimento da sua carteira de startups, ajudando na solução dos problemas, fazendo conexões com possíveis clientes, buscando os melhores mentores, auxiliando nas próximas rodadas ou em um possível M&A e muito mais”, ressalta Paulo.

O CEO da Bossa revela que a companhia tem adotado a estratégia de diversificar os investimentos em soluções inovadoras para diferentes mercados. Por isso, além de continuar fazendo aportes em empresas nos estágios pré-seed e seed, que até então foram o grande o foco da Bossa Invest, a companhia pretende aumentar sua participação em rodadas um pouco mais avançadas, como série A, além de realizar investimentos indiretos em empresas no growth e late-stage.

“Nossa perspectiva é investir em pelo menos mais 80 startups este ano, além de fazer follow-on em 25 a 30 e buscar conquistar mais exits, que em 2023 foram 20. Na área de CVC, já começamos conversas com outros grandes fundos e estamos olhando também para investidores institucionais e grandes empresas em vias de ter seu veículo de investimento. Para as corporações, haverá uma corrida por conexões com boas startups de IA e nós temos a expertise de buscar e investir nas melhores”, afirma Paulo.