*A cobertura especial do Startups na London Tech Week tem apoio da Primefy
Crescendo até 10 vezes a cada ano em volume processado e faturamento e com uma carteira de 3,5 mil clientes ativos no ramo de solução de pagamentos, a fintech Primefy acaba de dar um passo ousado. Enquanto a maior parte das empresas se volta à estruturação de times de vendas para grandes clientes quando começa a crescer, a fintech decidiu olhar para negócios menores e criou um programa de relacionamento com startups.
“Queremos ser a principal solução de pagamentos para startups no Brasil”, diz o CEO Pablo Klein, em conversa com o Startups durante sua passagem pela London Tech Week, maior evento de inovação do Reino Unido. “Conseguimos uma ótima precificação e entregar muita educação, beneficiando e gerando impacto no mercado”, garante.
O programa está disponível para startups com até sete anos de fundação, produto no ar, faturamento e clientes ativos, bem como fundadores dedicados full-time para o negócio. A proposta é oferecer benefícios como mentoria especializada e oportunidades de conexão com investidores. Para comandar a operação, foi contratado Andrei Golfeto, ex-Cubo Itaú e agora expert in residence e head de startups da Primefy.
“O programa surgiu porque começamos a ter uma adesão muito forte de startups. Estamos solucionando, de uma maneira muito acessível, as dores que eles têm, como startups ainda sem desenvolvedor, ou que ainda não recebem muitos pagamentos e precisam de alguém que acredite na ideia deles. A chegada do Andrei tem o objetivo de construir uma percepção de valor para o segmento”, observa Pablo.
Fundada pelos brasileiros Pablo Klein (ex-Booking.com e Shopify) e Marcos Rodrigues (ex-Cielo) mas com sede no Reino Unido, a Primefy começou sua operação como um nicho dentro da solução de pagamentos, atendendo empresas estrangeiras que não tem uma entidade no Brasil, para que estas pudessem receber por vários métodos de pagamento.
A fintech avançou para atender casos como o da Worten, líder em eletrônicos e eletrodomésticos em Portugal e que precisava de um meio para oferecer métodos de pagamento, como cartão parcelado, para a grande comunidade de brasileiros que vivem por lá. Plataformas de educação e entretenimento também aderiram à Primefy, como a BM&C e os Estúdios Flow.
“Se você está acompanhando um programa e quer pagar para fazer uma pergunta, comprar uma camiseta, ou uma venda de publicidade com eles, faz isso via Primefy. Mesmo não sendo um banco digital, temos uma estrutura de banco digital por trás. A cada momento que passa, nos especializamos no pagamento de contas, e agora, do core bancário”, diz o CEO, já observando o que vem pela frente. “O próximo passo é oferecer soluções de gestão corporativa, de cartão e fazer a empresa que vende conosco, gastar conosco, dando esse senso de principalidade”.
*Vandson Lima, especial para o Startups