Fintech

Unicórnio Revolut dobra receita em 2023 e supera US$ 2,2B

Maior banco digital do Reino Unido chegou ao Brasil em 2023 com conta global, cartão de crédito internacional e plataforma de cripto

Revolut é o maior banco digital do Reino Unido. Foto: Divulgação
Revolut é o maior banco digital do Reino Unido. Foto: Divulgação

O unicórnio Revolut, maior banco digital do Reino Unido, encerrou o ano de 2023 com uma receita de US$ 2,2 bilhões – o dobro do patamar registrado no ano anterior, que foi de US$ 1,1 bilhão. A empresa anunciou nesta terça-feira (02) os resultados financeiros do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2023, com crescimento também em número de clientes e aumento do portfólio de produtos e serviços oferecidos.

Os números do mercado brasileiro, porém, não foram divulgados. O banco digital chegou ao país em maio do ano passado, mas sem disputar com líderes locais, como o Nubank. Por aqui, a Revolut oferece apenas conta global e cartão de crédito internacional, além de uma plataforma de cripto. O banco opera no Brasil como Sociedade de Crédito Direto (SCD), uma categoria de fintechs regulada pelo Banco Central.

No âmbito global, a Revolut tem registrado lucro por três anos seguidos. O lucro antes dos impostos foi  de US$ 545 milhões, enquanto o lucro líquido ficou em US$ 428 milhões. O banco ganhou quase 12 milhões de novos clientes no ano passado, o maior crescimento anual na história da companhia, encerrando 2023 com um total de 38 milhões de clientes.

O volume de usuários ainda é consideravelmente mais baixo que o do Nubank, porém, que só no Brasil atende a cerca de 92 milhões de pessoas. Neste ano, o banco “roxinho” ultrapassou a marca de 100 milhões de clientes, considerando os mercados do Brasil, México e Colômbia, tornando-se a primeira plataforma bancária digital a alcançar esse número fora da Ásia.

Na Europa, a Revolut é voltada para serviços bancários tradicionais, e redobrou a aposta nos investimentos para suportar o crescimento futuro da companhia, incluindo desenvolvimento de produtos e entrada em novos mercados. A companhia expandiu sua oferta local de IBAN (contas bancárias) para clientes de varejo na França, Irlanda, Espanha e Holanda. Além disso, lançou empréstimos pessoais na França, Alemanha e Espanha, além de cartões de crédito na Irlanda e Espanha.

De acordo com a Revolut, 70% dos clientes chegam até o banco de forma orgânica ou por indicações. A companhia registrou ainda aumento de 58% no volume de transações, o que mostra maior engajamento dos clientes. Um número maior de usuários também tem adotado o uso completo dos serviços da Revolut por meio das assinaturas, com um crescimento de 41% no volume de clientes optando pelos planos pagos.

Perspectivas para 2024

Em nota, Nik Storonsky, CEO da Revolut, afirma que a empresa segue comprometida em conquistar a licença bancária no Reino Unido, além de continuar levando os serviços do banco para novos mercados e clientes ao redor do mundo. A companhia expandiu para novos mercados no ano passado, incluindo Brasil e Nova Zelândia, aumentando sua presença para 38 países.

“Este ano, demos os maiores passos rumo a nossa missão de desenvolver o melhor produto, com a melhor experiência e o melhor custo para todos os nossos clientes ao redor do mundo. Nossa base de clientes vem crescendo em ritmo exponencial e o nosso modelo diversificado de negócio segue impulsionando nossa performance financeira excepcional. Mesmo ultrapassando no varejo os 45 milhões de clientes nos primeiros seis meses de 2024, a Revolut segue preparada para crescimento exponencial em 2024 e no futuro, redefinindo a indústria bancária que conhecemos atualmente”, diz o CEO.

A Revolut ganhou 7 milhões de novos usuários até julho deste ano. Até o fim de 2024, a companhia espera atingir o patamar de 50 milhões de clientes. Para isso, o banco tem apostado no lançamento de produtos, como eSIMs, permitindo que clientes comprem pacotes de dados móveis por meio do aplicativo da Revolut no Reino Unido e em alguns países da Europa.