A Z1, fintech voltada para adolescentes, acaba de receber autorização do Banco Central (BC) para operar como instituição de pagamento (IP) na modalidade emissor de moeda eletrônica, ou seja, que permite gerir contas de pagamento pré-pagas.
Conforme o despacho publicado na edição desta terça-feira (4) do Diário Oficial da União, a IP da Z1 nasce com capital social de R$ 122,86 milhões, e tem como controladores dois dos sócios-fundadores da fintech, João Pedro Thompson e Thiago Achatz.
Com o aval do BC, a Z1 se torna o primeiro banco digital com foco na geração Z a ter a licença de IP regulada. “É um selo de credibilidade para o mercado onde atuamos, e também mostra a maturidade e o crescimento da companhia”, diz João Pedro Thompson, cofundador e CEO da Z1, ao Finsiders.
Em operação desde janeiro de 2021, a Z1 oferece conta digital sem mensalidade, cartão pré-pago com função crédito bandeira Mastercard, transferências via Pix, além de gift cards e recarga de celular.
Segundo João Pedro, em junho de 2022, a fintech atingiu a volumetria necessária — R$ 300 milhões transacionados nos últimos 12 meses — para operar como IP regulada. Assim, entrou com o pedido no BC em setembro daquele ano.
Dinheiro no caixa
Há três meses, a fintech levantou R$ 54 milhões, em uma captação liderada pelo fundo Homebrew — que já havia capitaneado a rodada seed da fintech em 2021. Naquele ano, a empresa recebeu R$ 69 milhões, entre o seed money e uma rodada série A.
Quando anunciou o último aporte, a Z1 informou que tem como objetivo ampliar o público-alvo. Isto é, além de atender os adolescentes, a startup mira também os jovens que estão em transição para a vida adulta, a partir dos 18 anos. Não à toa, o principal produto em vista para essa faixa etária é uma solução de crédito.