Depois de ver a sua empresa ser comprada pelo Rappi no começo do ano, Felipe Criniti agora assume o desafio de comandar a companhia que o comprou. O CEO e fundador da Box Delivery passa a ser o CEO do Rappi no Brasil.
O executivo ocupará a cadeira que antes era de Tijana Jankovic, promovida em maio a VP Global de Negócios do unicórnio colombiano. Segundo destacou o Rappi em nota, Felipe usará sua experiência em food delivery e seu histórico como empreendedor para dar continuidade a estratégia do Rappi para o Brasil.
“Meu objetivo é continuar inovando para que possamos, cada vez mais, atender aos usuários, parceiros, entregadores e restaurantes da forma mais eficiente, por meio da tecnologia. Estou empolgado com esse novo capítulo que começo a escrever, agora dentro do Rappi“, destacou Felipe, em nota.
Felipe fundou a Box Delivery em 2016. A operação da empresa, especializada no last mile para food service e com poucos concorrentes no país, logo conquistou bastante espaço e investidores de peso como Aliansce Sonae, Jive Investimentos e Grupo Trigo. Após ser adquirida pelo Rappi, as operações das duas empresas serão integradas gradualmente.
“Desde que fundei a Box Delivery, minha prioridade sempre foi os entregadores parceiros, que são parte essencial para o funcionamento do ecossistema. Agora, como CEO do Rappi, a minha missão é aprofundar ainda mais esse relacionamento, unindo a expertise das duas empresas para oferecer as melhores oportunidades tanto para todos os parceiros quanto para os consumidores”, afirma.
E a TJ?
A escolha do novo CEO chegou pouco mais depois de dois meses da saída de Tijana Jankovic – ou TJ para os amigos – para um cargo global dentro da empresa colombiana. Agora VP Global de Negócios da empresa e trabalhando diretamente com Sebastian Mejia, um dos fundadores da empresa, ela cuidará da estratégia da companhia em todos os países onde a empresa tem atuação.
Como CEO, ela liderou a empresa durante a pandemia, quando os serviços de delivery tiveram um boom por conta das limitações presenciais dos estabelecimentos. Também apoiou o Rappi em grandes projetos, como o processo no Cade contra os contratos de exclusividade do iFood com restaurantes. Entretanto, agora como VP Global, a pegada é outra.
“O (novo) trabalho é o de ver como aproveitar a força que o Rappi construiu nos últimos anos. Ver quais serão os próximos passos, posicionamento, quais os negócios que podemos abrir ou aquisições e parcerias que podemos fazer. É um trabalho focado em estratégia e na visão de médio e longo prazo”, explicou Tijana em entrevista ao Startups em episódio recente do podcast MVP.