O ano começou favorável ao mercado brasileiro de fusões e aquisições (M&A). No 1º trimestre, o número de transações cresceu 26% comparado à média trimestral de 2020. Foram 509 negócios que movimentaram um total de R$ 166 bilhões, segundo relatório da plataforma Transactional Track Record (TTR).
Somente em abril, foram transacionados R$ 18,8 bilhões nas 112 fusões e aquisições registradas, entre novo anúncios e conclusões de acordos que já tinham sido feito. O setor de tecnologia tem sido o mais ativo do ano – como sempre -, com um total de 218 transações, seguido pelo financeiro, com 88.
Considerando os mercados de private equity e venture capital, o primeiro contabilizou 34 transações (R$ 25 bilhões), uma queda de 8% em relação ao 1º trimestre do ano passado. Já os números em venture capital reforçam a preferência, nos últimos anos, pela modalidade. Foram 171 transações (R$ 13 bilhões), e um aumento de 58% no número de transações.
A maior transação de venture capital em abril no Brasil foi a da Loft, que após levantar US$ 425 milhões em uma série D no fim de março, captou mais US$ 100 milhões em uma extensão da rodada. A “segunda parte”, liderada pelo fundo Baillie Gifford, foi feita para acelerar a contratação de talentos e consolidar os planos de expansão no país. Com isso, a Loft passou a ser avaliada em US$ 2,9 bilhões.
Em seguida está a Warren, com os R$ 300 milhões obtidos em série C liderada pelo fundo soberano de Cingapura, o GIC. Também participaram Ribbit Capital, Kaszek, Chromo Invest – investidores desde a série A, de 2019 – QED, Meli Fund e Quartz (veículo de venture capital da família Galló) e WPA, que entraram na série B.
Os países que mais investiram no Brasil no período foram os Estados Unidos e a Argentina, com 60 e 10 transações, respectivamente. A terra do Tio Sam se destaca pelo total movimentado de R$ 45,6 bilhões. Houve também um aumento de 122% de empresas norte-americanas adquirindo empresas brasileiras – dólar barato dá nisso, né. Pechincha!
Quanto aos fundos estrangeiros de private equity e venture capital que investem em empresas brasileiras, o crescimento no número de casas que atuam no país foi de 33% até abril de 2021.