Se você circula no mundo das startups e usa bastante o LinkedIn, provavelmente já trombou com alguma postagem de Miguel Armaza e seu podcast, o Fintech Leaders. O programa já contou com a participação de nomes como Martín Escobari, da General Atlantic; Angela Strange, sócia da a16z; a repórter Mary Ann Azevedo, do TechCrunch; o bilionário Tim Draper, entre outros personagens. E ao estilo do que aconteceu com um outro dono de podcast que criou um fundo (Oi, Harry Stebbings!) Miguel está colocando na rua o seu próprio veículo de investimento.
O Gilgamesh Ventures acaba de captar US$ 9,25 milhões para aportar em fintechs e companhias que tenham algum componente de fintech em sua operação que estejam em estágio inicial de desenvolvimento (early stage) em todo o continente americano.
De acordo com Miguel, a ideia é alocar um terço dos recursos no Brasil, um terço nos EUA e um terço no resto da região. O tamanho dos cheques vai variar e proposta é não ser líder de rodadas, apenas seguir. Mais de 40% do capital do fundo será destinado para follow ons.
“Tem muita gente investindo em startups no momento, mas não vemos muita gente com teses focadas. Nós somos focados em fintechs e especializados na região. Isso ressoa com os fundadores e com outros fundos de venture capital locais e internacionais que são generalistas e querem trazer para a mesa um especialista”, avalia Miguel.
O 1º fundo da Gilgamesh nasce com um histórico de 16 investimentos que Miguel e seu sócio, Andrew Endicott, já tinham feito por meio de veículos específicos (SPVs) desde o começo de 2020. Entre as investidas estão Xepelin, Divibank, Pomelo, Simplist, Glean e FrontRunner.
Entre os investidores no fundo estão nomes como Renaud Laplanche (co-fundador e ex-presidente do Lending Club), Peter Fernandez (99), Marcelo Lima (monashees), family offices, a mexicana NOA Capital, o Encore Bank, e a Foundation Capital. Segundo Miguel, 20% dos investidores passaram pelo podcast como entrevistados.