O GitHub, plataforma de hospedagem de código-fonte, afirmou que vai demitir 10% de seus funcionários até o fim de seu ano fiscal. Adquirida pela Microsoft em 2018, a companhia também fechará todos os seus escritórios, deixando toda a equipe restante no trabalho remoto, para reduzir custos.
Segundo o TechCrunch, o GitHub vai congelar novas contratações e fará várias outras mudanças internas. “Anunciamos uma série de decisões difíceis, mas necessárias, e realinhamentos orçamentários para proteger a saúde de nossos negócios no curto prazo e nos dar a capacidade de investir em nossa estratégia de longo prazo no futuro”, disse um porta-voz da empresa à reportagem.
“O crescimento sustentável é importante para todos os negócios. Para o GitHub, isso significa que continuamos capacitando desenvolvedores mais produtivos em todo o mundo e avançamos rapidamente conforme nossas oportunidades de ajudar nossos clientes mudam”, dizia a mensagem do CEO Thomas Dohmke enviada aos funcionários da empresa e compartilhada pelo TechCrunch.
O GitHub quer ser o “primeiro desenvolvedor do sistema de engenharia para o mundo de amanhã”, com foco em inteligência artificial. “Para isso, vamos alinhar nosso trabalho com as áreas em que podemos impactar melhor essas metas e as necessidades de nossos clientes em todos os nossos produtos. Infelizmente, isso incluirá mudanças que resultarão em uma redução da força de trabalho”, disse Dohmke.
Segundo o executivo, as taxas de utilização dos escritórios físicos do GitHub estavam muito baixas em todo o mundo. “Não estamos desocupando os escritórios imediatamente, mas iremos fechar todos eles quando seus contratos de locação terminarem ou conforme formos capazes de fazê-lo operacionalmente.”
O CEO afirma estar buscando reduzir ainda mais os custos operacionais, e que irá compartilhar detalhes com a equipe nos próximos meses. Mas ele adianta algumas mudanças: o GitHub está migrando para o Microsoft Teams para suas demandas de videoconferência e mudando o de atualização do laptop de três para quatro anos.
O passaralho no GitHub acontece menos de um mês depois da Microsoft demitir 10 mil funcionários, uma alternativa para enxugar as operações em meio ao turbulento cenário econômico mundial. A decisão acompanha o momento de outras big techs, como a Meta, que no ano passado dispensou cerca de 11 mil colaboradores, 13% de sua força global.