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Healthtech Salú levanta R$ 12 mi em rodada liderada pelo SoftBank

A empresa planeja expandir sua presença nacional com sistema para gestão de saúde ocupacional

Healthtech Salú levanta R$ 12 mi em rodada liderada pelo SoftBank

A Salú, healthtech focada no segmento de saúde ocupacional e segurança do trabalho nas empresas, acaba de receber R$ 12 milhões em seu primeiro aporte institucional, através de uma rodada liderada pelo SoftBank Latin America Fund.

Também participaram da rodada a Aggir Ventures, a gestora de Romeu Cortes Domingues, co-chairman da Dasa, e a Norte Capital, assim como investidores do setor como Vitor Asseituno (Sami), Felipe Lourenço (iClinic), Bruno Lagoeiro (Pebmed) e Ricardo Duarte (Beacon).

Com os recursos levantados, a Salú planeja expandir sua atividade em todo o território nacional e pretende se estabelecer como a healthtech líder em sua área.

“Temos certeza que escolhemos os melhores investidores e parceiros para nos ajudar a escalar a nossa operação em diversos setores, como tecnologia, pessoas e produto, muito rapidamente nos próximos meses”, afirma o CEO da empresa, René Neme.

Descomplicando desafios de saúde nos RHs

Fundada por René, André Boff e Ricardo Silveira, junto ao médico Irineu Massaia, doutor em patologia pela USP e professor na Santa Casa de São Paulo, a healthtech ganhou seu espaço ao endereçar um desafio dos setores de RH nas empresas. A empresa propõe descomplicar tarefas de gestão operacional envolvidas em cumprir as obrigações legais de segurança do trabalho e saúde ocupacional.

A empresa criou um software proprietário de gestão, cujo objetivo é gerar eficiência e inteligência de ponta a ponta para o RH das organizações, em uma jornada que se inicia já no momento dos exames ocupacionais na contratação do funcionário. Segundo apontam os fundadores da Salú, o objetivo é ser uma “one-stop-shop” de referência em assuntos de medicina ocupacional, segurança do trabalho e saúde suplementar.

“Nossa solução resolve o problema de segunda-feira de manhã do time de Recursos Humanos. Por meio de nossa interação contínua com a empresa e seus colaboradores, garantimos para o RH que todas as suas obrigações legais estão sendo cumpridas, sem que precisem dedicar dias de trabalho nisso. É a melhor forma do time de Recursos Humanos alocar o seu tempo”, diz Ricardo Silveira, head de growth da Salú.

Para o fundador André Boff, a receita da Salú não envolve nenhuma grande mágica. O foco é entregar tecnologia para simplificar processos e ajudar os times de recursos humanos das empresas a cuidar melhor de seus colaboradores – inclusive para ir além das obrigações trabalhistas.

“Coletando os dados de maneira estruturada, o RH passa a entender o potencial escondido na saúde ocupacional para ter o real diagnóstico do quadro de saúde de sua população”, completa André. 

De olho no desenvolvimento do mercado 

Atualmente a empresa conta com uma equipe de aproximadamente 50 pessoas e já contabilizou em 2021 mais de 30 mil usuários dentro de sua plataforma de gestão, com cerca de 100 clientes atendidos. Nesta lista estão marcas como C6Bank, GetNinjas, Olist, Warren, RDStation e Loft.

Na visão do CEO da Salú, este aporte representa um primeiro e importante passo rumo a objetivos ainda mais ambiciosos no cenário das healthtechs. “O mercado de saúde no Brasil ainda é muito fragmentado e, cada vez mais, há espaço para o desenvolvimento de verdadeiros ecossistemas de serviços e produtos”, avalia René. 

O fundador não está longe da verdade ao falar sobre o atual cenário das healthtechs no Brasil, que ainda tem um longo caminho a percorrer. Segundo uma matéria publicada recentemente aqui mesmo no Startups, o mercado das healthtechs ainda é incipiente no Brasil em comparação com outros segmentos de startups como varejo e, principalmente, o financeiro.

Mas o segmento está começando a se mexer – e rápido. a quantidade de startups brasileiras da área de saúde cresceu 118% em apenas 2 anos, passando de 248 em 2018 para 542 em 2020, de acordo com o relatório “Distrito HealthTech Report 2020”. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os gastos no setor da saúde já representam 10% do Produto Interno Bruto mundial. No Brasil, as despesas somaram R$ 608,3 bilhões em 2017 e, de acordo com o IBGE, representam 9,2% do PIB do país.

“Entendemos que a saúde no Brasil passará por uma transformação substantiva nos próximos anos e estamos construindo a Salú para estar posicionada para ajudar nesta reconstrução do setor de saúde”, finaliza René.