A Biologix, healthtech brasileira especializada em medicina do sono, acaba de receber um aporte de R$ 6 milhões. A rodada foi liderada pela Kortex Ventures, fundo de corporate venture capital que tem como investidores o Grupo Fleury, Grupo Sabin e Bradesco Seguros, com follow-on do Hospital Israelita Albert Einstein.
Lançada em 2019, a startup de base científica desenvolveu uma ferramenta para diagnóstico preciso e acessível de apneia do sono, a partir da integração de tecnologias de ponta como medical devices, IoT, inteligência artificial, aplicativos móveis e computação na nuvem. Atualmente, a empresa realiza mais de 10 mil exames por mês, e conta com validação clínica do InCor, Instituto do Coração do HCFMUSP, um dos principais centros de referência em cardiologia no Brasil, além de certificações pelos principais órgãos regulatórios do país.
“O grande diferencial da Biologix é que todo o desenvolvimento é original e inovador, conduzido por pesquisadores nacionais. A Biologix se destaca como uma empresa de inovação e o apoio da FAPESP é um reconhecimento científico da importância da inovação fundamentada em conceitos científicos sólidos”, afirma Tácito de Almeida, CEO e fundador da healthtech, em nota.
Rodada e use of proceeds
O cheque na healthtech brasileira é o 10º assinado pela Kortex Ventures, que conta com um veículo de investimento de R$ 260 milhões para apoiar healthtechs voltadas à medicina diagnóstica, jornada do paciente e saúde digital. Cerca de metade do capital do fundo já foi alocado, e a previsão é completar o portfólio com algo entre 15 e 18 investimentos ativos, além de follow-ons.
Com o caixa reforçado, a Biologix pretende expandir os negócios e ganhar volume por meio de estratégias de marketing. A companhia prevê aprimorar a tecnologia para lançar novos produtos – com dois deles já em fase final de desenvolvimento. “Estamos comprometidos com a inovação contínua de soluções que possam contribuir para a qualidade do sono e assim para a saúde de todos”, diz Tácito.
Os planos também incluem a internacionalização da marca. Atualmente, a startup tem iniciativas pontuais no Chile, Costa Rica, Guatemala e Egito, com a expectativa de avançar pela América Latina, com prioridade para México, Colômbia, Chile, Argentina e Uruguai. Segundo o CEO da healthtech, o maior desafio é lidar com a burocracia de cada país e para enfrentar essa barreira a Biologix está em negociações com parceiros locais para assumir trâmites como o registro e a distribuição dos dispositivos.
Para sustentar todos esses planos, a empresa vai contratar novos talentos e duplicar a capacidade do time, hoje formado por aproximadamente 20 pessoas. Além da expansão internacional, eles estarão focados na ampliação do modelo B2B, expandindo a oferta de seus dispositivos para hospitais, laboratórios e operadoras de saúde.
“Este investimento não apenas fortalece a nossa posição como uma startup madura e consolidada, mas também valida a capacidade de inovação e de execução da empresa. Com esta rodada, reforçamos o nosso compromisso de proporcionar avanços significativos para enfrentar os desafios do setor da saúde”, finaliza Tácito.
A Biologix já tinha recebido recursos de investidores-anjos, um pool de médicos associados ao Einstein, family offices e captado três linhas de fomento a soluções inovadoras da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), incluindo o PIPE (Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).